04 abr, 2023 • Miguel Coelho
O Explicador Renascença volta ao tema TAP.
Pela segunda vez em pouco mais de dois meses, a CEO da companhia aérea TAP foi ouvida no Parlamento.
Mudou quase tudo.
Basta lembrar que, entretanto, a própria Christine Ourmières-Widener recebeu a nota de despedimento por parte do Govreno e, apesar de regressar esta tarde ao Parlamento, ainda como presidente-executiva da TAP, já sabe que está prestes a "descolar".
Vai mesmo deixar o cargo que um dia qualificou como "o pior emprego do país".
A gestora francesa vai ser substituida nos próximos dias por Luís Rodrigues (vindo da SATA).
Medina e Galamba anunciaram o seu afastamento, por alegada justa causa, na sequência do relatório da Inspecção-Geral de Finanças.
Christine admite, contudo, recorrer a tribunal contra a Inspecção Geral de Finanças. Declara-se "perplexa" por não ter sido ouvida pessoalmente pela IGF "no âmbito da auditoria".
Não foi ouvida porque não fala português.
A explicação avançada aos deputados pelo Inspector-Geral das Finanças foi mesmo essa: A CEO da TAP expressa-se numa lingua diferente.
Ora bem, o facto de não falar português poderia, segundo António Ferreira dos Santos, ser pretexto para evitar responder às duvidas da IGF.
De recordar que a 18 de Janeiro, Christine Ourmières-Widener dirigiu-se aos deputados em inglês e, realmente, ficaram algumas perguntas sem resposta. Não revelou, na altura, por exemplo, se foi Alexandra Reis a demitir-se ou se foi demitida.