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O que é que se passa com as urgências pediátricas?

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O que é que se passa com as urgências pediátricas?

03 mar, 2023 • André Rodrigues


Falta de médicos... Demissões... Afinal, o que é que se passa nas urgências pediátricas em Lisboa?

Esta sexta-feira, o diretor executivo do SNS vai reunir-se com os chefes de equipa da Urgência do Hospital Beatriz Ângelo, de Loures, que pediram a demissão, alegando falta de pessoal. Cenário que leva ao encerramento da urgência pediátrica daquela unidade à noite e aos fins de semana.

Como é que isto se resolve?

É precisamente aquilo que Fernando Araújo vai discutir esta sexta-feira com os responsáveis da Urgência do Hospital de Loures. Uma reunião que vai contar, também, com a presença do Conselho de Administração daquela unidade e com os responsáveis da especialidade de Medicina Interna. Num comunicado a que a Renascença teve acesso, é dito que o encontro tem por objetivo "dar seguimento à relação de proximidade com as lideranças e com os profissionais, para dialogar e encontrar soluções que permitam ultrapassar as dificuldades".

Uma das soluções em cima da mesa deverá passar pela centralização dos cuidados pediátricos permanentes nas quatro maiores urgências pediátricas da Grande Lisboa, ou seja, Hospital de Santa Maria, Dona Estefânia, Amadora-Sintra e Garcia de Orta, em Almada.

Estes quatro serviços de urgência passam a funcionar 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Isso significa que todas as outras urgências vão encerrar?

Não necessariamente. Significa que, das 12 urgências pediátricas existentes na Grande Lisboa, oito vão encerrar, sim, mas apenas no período da noite, fins de semana e feriados. Ou seja, à exceção do Santa Maria, Dona Estefânia, Amadora-Sintra e Garcia de Orta, todas as outras oito urgências pediátricas vão funcionar durante o dia, e de segunda a sexta-feira.

Mas qual é a solução para estes utentes de Loures, enquanto esta reorganização não passa do papel à prática?

A alternativa é aquela que, em parte, já consta do plano que o diretor-executivo do SNS vai discutir esta sexta-feira. Ou seja, os cuidados pediátricos urgentes passam a ser prestados em permanência nas urgências do Hospital de Santa Maria e Dona Estefânia e, também, no São Francisco Xavier, aos fins de semana, mas só até às nove da noite. Os hospitais Amadora-Sintra e Garcia de Orta serão posteriormente integrados na futura rede de urgên­cias pediátricas centrais da Grande Lisboa.

Este modelo já existe noutras zonas do país?

Sim, de resto o objetivo deste plano das urgências centrais da Grande Lisboa deverá replicar o modelo aplicado há vários anos no Porto, com a urgência pediátrica a funcionar no Hospital de São João. A solução foi adotada em 2008, precisamente para responder à falta de especialistas nos diferentes hospitais do Grande Porto, que é exatamente o mesmo problema que ocorre agora em Lisboa.

Mas porquê uma urgência pediátrica central no Porto e quatro em Lisboa?

Por causa da pressão populacional e os números dos Censos 2021 ajudam a compreender estas opções. A Área Metropolitana do Porto tem pouco mais de 1 milhão e 700 mil residentes e até perdeu gente em relação a 2011. Em sentido contrário, no espaço de 10 anos, a zona de Lisboa ganhou quase mais 50 mil habitantes. Atualmente, a Área Metropolitana de Lisboa tem aproximadamente 2 milhões e 900 mil. Ou seja, mais de um quinto da população portuguesa vive na Área Metropolitana de Lisboa.

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