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Síria admite colocar armas químicas sob controlo internacional

09 set, 2013


A confirmar-se, este pode ser o passo que evite o início de uma guerra internacional no país.

A Síria acolhe "positivamente" a proposta do Governo russo para que o arsenal químico do país seja colocado sob controlo internacional. A informação foi confirmada aos jornalistas em Moscovo pelo ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Walid Moallem. Esta proposta foi apresentada pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, num último esforço para tentar evitar um conflito armado. 

Antes desta possibilidade ter sido avançada, o presidente da Síria dramatizou o discurso. Numa entrevista à CBS, Bashar al-Assad ameaçou responder com "tudo" a um eventual ataque dos Estados Unidos à Síria. 

Entretanto, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, deixou o aviso: se os inspectores da ONU confirmarem o uso de armas químicas na Síria, isso representará um crime abominável e merecerá uma resposta internacional.

Os Estados Unidos preparam um ataque militar contra a Síria depois de o regime de Bashar al-Assad ter alegadamente utilizado armas químicas contra civis nos arredores de Damasco a 21 de Agosto. Terão morrido mais de 1.400 pessoas, incluindo centenas de crianças.

Numa altura em que os inspectores das Nações Unidas preparam um relatório precisamente sobre o alegado uso de armas químicas na Síria, o Congresso dos Estados Unidos vai discutir e votar a hipótese de aprovar a intervenção militar proposta por Barack Obama. O secretário de Estado John Kerry tem defendido a intervenção com o argumento de que a comunidade internacional não pode permitir que "um ditador use armas proibidas contra civis e fique sem resposta".

O presidente Barack Obama tem-se também desdobrado em entrevistas para explicar as razões para um ataque. A França e o Reino Unido são dois países que já manifestaram apoio à iniciativa norte-americana, mas a Inglaterra está, nesta altura, impossibilitada de actuar militarmente porque a proposta foi chumbada no Parlamento. A Rússia e a China, por seu lado, são dois países pertencentes ao conselho de segurança da ONU que têm mostrado mais reservas.

Também o Vaticano, através do Papa Francisco, mostrou-se contra o avanço da guerra na Síria e até levou a cabo uma vigília de jejum e oração pela paz na região.


[notícia corrigida às 18h55]

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