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Atentado em Moscovo. Número de mortos atualizado para 143

23 mar, 2024 - 09:00 • Alexandre Abrantes Neves , Raul Santos com Redação e Lusa

As autoridades russas fizeram 11 detenções e avançam que nesse lote estão quatro suspeitos de envolvimento direto no ataque.

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Foto: serviço de imprensa do governador da região de Moscovo/EPA
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Foto: Igor Kovalenko/EPA
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Foto: Maxim Shipenkov/EPA
Foto: Maxim Shipenkov/EPA
Foto: serviço de imprensa do Comitê de Investigação Russo/EPA
Foto: serviço de imprensa do Comitê de Investigação Russo/EPA
Foto: serviço de imprensa do Comitê de Investigação Russo/EPA
Foto: serviço de imprensa do Comitê de Investigação Russo/EPA

O número de vítimas mortais em consequência do atentendo de sexta-feira à noite no Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores de Moscovo, foi atualizado para 143

As autoridades russas fizeram 11 detenções e avançam que nesse lote estão quatro suspeitos de envolvimento direto no ataque.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, desejou a rápida recuperação das vítimas do ataque a uma sala de espetáculos nos arredores de Moscovo, na sexta-feira à noite, que fez pelo menos 60 mortos e foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

"O Presidente desejou a todos uma rápida recuperação e agradeceu aos médicos", disse hoje a vice-primeira-ministra russa, Tatyana Golikova, citada pelos 'media' do blicamente sobre o atentado.

As forças de ordem russas afirmaram estar à procura dos agressores e as autoridades advertiram que o número de mortos "pode aumentar".

O EI, que já atacou a Rússia em várias ocasiões, afirmou na plataforma de mensagens Telegram que os combatentes do grupo "atacaram uma grande concentração (...) nos arredores da capital russa".

A organização fundamentalista afirmou que o grupo de comandos tinha depois "regressado em segurança à base".

Após o ataque, o mais mortal na Rússia em 20 anos, surgiram informações de que Moscovo procurava uma ligação com a Ucrânia, apesar de uma declaração do conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, de que Kiev não tinha nada a ver com o caso.

O serviço de segurança FSB disse que "todos os quatro terroristas" foram presos enquanto se dirigiam para a fronteira com a Ucrânia e que tinham contactos na Ucrânia. Dizia que eles estavam sendo transferidos para Moscovo.

"Agora sabemos em que país esses malditos bastardos planejavam se esconder da perseguição: a Ucrânia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, no Telegram.

Muitos hospitalizados

De acordo com o Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, há mais de centena de pessoas hospitalizadas, incluindo cinco crianças. Entre os feridos, sessenta adultos e um menor encontram-se em estado grave.

O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20h15 de Moscovo (17h15 em Portugal), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.

Jornalistas da agência de notícias viram o edifício mergulhado em chamas, nuvens de fumo negro a sair do telhado e uma enorme presença policial e dos serviços de emergência.

De acordo com a televisão russa, o telhado do edifício colapsou parcialmente. Não foi dada qualquer informação sobre o número de pessoas presas no interior da estrutura.

"Pouco antes de começar, ouvimos de repente várias rajadas de metralhadora e um grito terrível de mulher. Depois, muitos gritos", disse à AFP Alexei, um produtor musical que estava no camarim no momento do ataque.

De acordo com um jornalista da agência de notícias estatal Ria Novosti, pessoas camufladas invadiram a sala de espetáculos antes de abrirem fogo e lançarem "uma granada ou uma bomba incendiária".

Os serviços de emergência afirmaram que as chamas se espalharam pelos quase 13 mil metros quadrados do edifício, antes de o fogo ser contido.

[notícia atualizada às 11h30]

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