A noite em que a superlua foi a "superestrela"

Veja as imagens da Lua que, esta segunda-feira à noite, "iluminou" vários pontos do planeta de forma particularmente brilhante.

04 jul, 2023 - 09:35 • Pedro Valente Lima



Superlua vista do Cabo Sunião, próximo de Atenas, Grécia. Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters
Superlua vista do Cabo Sunião, próximo de Atenas, Grécia. Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters

Esta segunda-feira à noite, o mundo pôde assistir a mais uma superlua. O astro esteve "mais brilhante" e até parecia maior, mas não passa de uma perceção criada pela maior proximidade da Lua em relação à Terra, ao longo do seu movimento de translação.

O satélite terá atingido o ponto mais próximo do planeta por volta das 23h39 desta segunda-feira. Por todo o mundo, surgem registos fotográficos da noite que se fez dia, sob a "luz" daquela que foi a primeira de quatro superluas este ano.


Superlua vista das Cataratas do Iguaçu, na Argentina. Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Superlua vista das Cataratas do Iguaçu, na Argentina. Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Superlua vista de Barnsley, no Reino Unido. Foto: Mark Cosgrove/News Images via Reuters Connect
Superlua vista de Barnsley, no Reino Unido. Foto: Mark Cosgrove/News Images via Reuters Connect


A NASA explica que o termo "superlua" foi usado pela primeira vez pelo astrónomo Richard Nolle, em 1979. A denominação é aplicada ao ponto em que a Lua está a 90% do perigeu - momento em que o satélite está o mais próximo possível da Terra na sua órbita.

De acordo com o jornal The Independent, a Lua está a cerca de 362 mil quilómetros da Terra neste momento - o que perfaz menos 22 mil quilómetros do que a distância habitual. Segundo a NASA, o astro manterá este aspeto aparentemente maior e mais reluzente durante três dias, de segunda-feira a quarta-feira.


A superlua vista de Jaipur, na Índia. Foto: Vishal Bhatnagar via Reuters Connect
A superlua vista de Jaipur, na Índia. Foto: Vishal Bhatnagar via Reuters Connect

A superlua de julho tem várias alcunhas, dependendo da cultura e tradições nas diversas regiões do mundo. Na imprensa anglófona, tem sido cunhada como "Buck Moon" ("Lua do Veado", numa possível tradução para português), derivada da tradição nativo-americana.

De acordo com a NASA, as tribos Algonquin no nordeste dos EUA apelidavam a superlua com essa denominação, uma vez que o início do verão costuma ser a altura do ano em que os chifres dos veados jovens começam a aparecer. Há quem lhe chame também "Thunder Moon" ("Lua de Trovão"), devido às trovoadas desta estação.

A agência espacial norte-americana destaca ainda outros exemplos, como "Hay Moon" ("Lua de Feno") - devido à produção de feno no início do verão - ou ainda "Mead Moon" ("Lua de Hidromel"), ambos os termos cunhados na Europa.


Superlua vista do topo da Igreja de Santo António, no Cairo, Egito. Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Superlua vista do topo da Igreja de Santo António, no Cairo, Egito. Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters

Há também casos em que a superlua adquire um significado religioso. De acordo com a NASA, a "Lua Cheia Guru" - ou "Guru Purnima" - é celebrada por hindus, budistas e jainistas como um "momento para limpar a mente e honrar os mestres espirituais".

Segundo o Farmer's Almanac - revista anual norte-americana para agricultores, que cobre temas como previsões meteorológicas, fases da Lua ou até remédios naturais -, a próxima superlua será a 1 de agosto. A 30 de agosto é a terceira superlua do ano, enquanto que a última poderá ser vista a 29 de setembro.


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