• D. António Couto
A Igreja celebrou hoje com alegria a memória litúrgica de S. Francisco Xavier, que nasceu no Castelo de Xavier, em Navarra, na Espanha, em 07 de abril de 1506, e morreu na Ilha de Sanchoão, às portas da China, na madrugada do dia 03 de dezembro de 1552. Ao todo, viveu sobre esta terra 46 anos de Graça. Havia no Castelo de Xavier um belo Cristo Crucificado que tem um sorriso nos lábios. Por isso lhe chamam «El Cristo de la Sonrisa». Muitas vezes, na sua infância e juventude, Xavier contemplou esse Cristo e foi por Ele contemplado, de tal maneira que passou a haver uma grande cumplicidade entre os dois. São, de facto, muitas as testemunhas que descrevem Francisco Xavier «com a boca sempre cheia de riso e da graça de Deus». Tornou-se companheiro de Santo Inácio de Loyola. Ardia em Xavier um amor imenso por Cristo e pelo Evangelho. Embarcou em Lisboa no dia 07 de abril de 1541, dia em que completava 35 anos, para uma viagem de 20.000 km, rumo a Goa, onde desembarcou mais de um ano depois, em 06 de maio de 1542, depois de uma paragem de quase meio ano na Ilha de Moçambique. Desde que desembarcou em Goa, em 06 de maio de 1542, até à sua morte, em 03 de dezembro de 1552, vão 10 anos e quase 07 meses de desmedida dedicação aos outros, sobretudo aos pobres e doentes, enchendo de Evangelho os caminhos do Oriente. Pio XII proclamou-o «Padroeiro Universal das Missões», e S. João Paulo II intitulou-o «o maior missionário da era moderna».
Obrigado, amigo Francisco. Já sabes que celebro gozosamente este teu dia, a que me associo com particular alegria desde 03 de dezembro de 1980.