15 mai, 2024 - 10:01 • Aura Miguel
O Papa invocou esta quarta-feira a Virgem de Fátima para pedir pela paz no mundo.
Durante a audiência geral, Francisco deixou uma saudação especial aos fieis de língua portuguesa: “Anteontem celebramos a Virgem de Fátima. Convido-vos a rezar com confiança o Santo Rosário, pedindo a Nossa Senhora pela paz em todo o mundo”.
Como habitualmente, no final desta Audiência, Francisco recordou o sofrimento dos povos atingidos pela guerra na Ucrânia, na Palestina, Israel e Myanmar e pediu orações “para que haja uma paz definitiva, porque a guerra é sempre, sempre, uma derrota”.
O Santo Padre também manifestou solidariedade para com as vítimas das inundações no Afeganistão, que já causaram mais de 300 mortos, e associou-se a uma iniciativa polaca em defesa da vida humana. Presente na Praça de São Pedro estava um sino, trazido expressamente da Polónia, para ser abençoado, com o nome “a voz dos não nascidos” que será levado para o Cazaquistão. O objetivo da iniciativa é recordar a necessidade de proteger a vida humana, desde a conceçãoo até à morte natural.
“O amor anda na boca de muitos, sobretudo dos “influencers” e no refrão de muitas músicas”, disse o Papa esta manhã, para sublinhar que, no entanto, há “um outro tipo de amor maior”: o amor cristão.
Na audiência geral dedicada à caridade, Francisco explicou em que consiste esta virtude: “Não é o amor que sobe, mas o amor que desce; não o que se recebe, mas o que se oferece; não o que aparece, mas o que está oculto”.
Na verdade, os cristãos também se apaixonam, como todos os outros, experimentam a benevolência que vem da amizade, também têm amor à pátria e amor universal por toda a humanidade, reconhece o Santo Padre.
“Mas há um amor maior, que vem de Deus e é dirigido a Deus, que nos permite amar a Deus, tornar-nos seus amigos, e nos permite amar o próximo como Deus o ama, com o desejo de partilhar a amizade com Ele".
As consequências deste “amor maior”, empurram-nos para onde humanamente não iríamos: “é o amor pelo pobre, por aquilo que não é amável, por quem não nos quer bem e não é grato. É o amor por aquilo que ninguém amaria; mesmo pelo inimigo.”, sublinhou Francisco.
“O amor cristão abraça o que não pode se amado, oferece o perdão, abençoa aqueles que amaldiçoam. É um amor tão ousado que parece quase impossível, e mesmo assim é a única coisa que restará de nós. É a “porta estreita” pela qual passar para entrar no Reino de Deus. Porque no entardecer da vida não seremos julgados pelo amor genérico, mas sobre a caridade que praticamos”, concluiu.