Isabel Figueiredo
Quando as saudades me apertam
e quase me falta o ar, deixo-me ficar
de olhos abertos na escuridão das noites.
Quando as saudades me visitam
e quase sorrio sem saber como, deixo-me estar
de olhos fechados pelo brilho do sol.
Quando as saudades me quebram
e choro devagar, oiço um roçar de penas,
um sopro de ar, um toque leve.
E és Tu, Senhor. Senhor das noites e dos dias,
do sol, da lua, do vento e do mar
que para quieto quando Te aproximas.
Apareces e levas-me de mãos dadas,
sem mais palavras.