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Chega diz que Governo mostra "alguma abertura" para fixação de quotas de imigração

22 mai, 2024 - 12:18 • Susana Madureira Martins

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O Governo está esta quarta-feira a receber no Parlamento os partidos com vista à apresentação de um Plano de Ação para as Migrações, que deverá ser apresentado em breve.

Uma delegação do Chega já foi recebida pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que tutela esta área e, à saída da reunião a deputada Cristina Rodrigues revelou que "poderia haver alguma abertura" em relação à proposta do partido para a criação de quotas de imigração.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a deputada do Chega defendeu que há uma "imigração descontrolada" e que os imigrantes devem entrar em Portugal "com conta peso e medida" consoante as "necessidades que o pais tem a nível de mão de obra e qualificações".

O partido liderado por André Ventura diz que "só depois desse levantamento, deve ser permitida a entrada de imigrantes" em Portugal, "não impedindo nacionalidades, mas dando atenção distinta aos cidadãos da CPLP", avançou Cristina Rodrigues.

A deputada defendeu ainda junto do Governo a limitação de atribuição de apoios sociais a imigrantes. "Muitos destes imigrantes podem entrar em Portugal sem qualquer comprovativo de meios de subsistência, de ter contrato de trabalho e acabam dependentes do nossos sistema social", disse Cristina Rodrigues.

O Chega quer assim limitar o acesso dos imigrantes a apoios sociais como o RSI, mas segundo Cristina Rodrigues a restrição não se estende ao sistema dos serviços de Educação ou de Saúde.

Na reunião com o Governo, o Chega terá ainda defendido a posição contra o desmantelamento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a criação da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e revelou que o Governo ainda não terá encontrado uma solução alternativa.

"Daquilo que entendemos", explica Cristina Rodrigues, o Governo "não está a ponderar recuar" em relação à criação da AIMA, mas segundo a deputada do Chega, o ministro da Presidência "também entende que o modelo atual não é o adequado".

"Não há propostas em cima da mesa sobre qual será a solução", avançou a deputada Cristina Rodrigues, que justifica que o Chega considera que foi "um erro desmantelar o SEF".

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