11/11/2019 • Ana Marta Domingues
Sabia que a 12 de Novembro se assinala o dia mundial da pneumonia? E que a vacinação é a principal forma de prevenção?
Este ano, a 12 de novembro, o Movimento Doentes pela Vacinação vai estar na Praça da Figueira entre as 9h00 e as 18h00 com um rastreio gratuito. Se estiver em Lisboa, aproveite. Faça todos os exames sem custos adicionais: espirometrias, oximetrias, testes de colesterol e glicémia, bem como testes tabágicos.
Se não puder estar neste rastreio, aconselhe-se com um profissional de saúde sobre a sua saúde respiratória e fique a saber mais sobre a prevenção indicada para si.
A pneumonia mata, em média, 23 pessoas por dia nos hospitais portugueses. Não faça parte desta estatística!
Estar atento à sua saúde respiratória e saber mais sobre prevenção é a melhor forma de respirar bem e de alívio por evitar uma pneumonia.
12 de novembro é um dia especial no calendário e foi criado para chamar a atenção para a prevenção e para os grupos de risco. Sabia que a pneumonia é a principal causa de morte nas crianças com menos de 5 anos e causa mais mortes no mundo do que a malária, HIV, zika, tuberculose e ébola em conjunto?
O risco de contrairmos Pneumonia aumenta quase 100 vezes nesta altura do ano. Um cenário agravado pelo pico da Gripe, por si só potenciadora da doença, e pelas próprias circunstâncias do nosso país onde, segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, se registam 57 óbitos por Pneumonia por cada 100.000 habitantes, o dobro da média na União Europeia. Portugal é, atualmente, o país europeu com maior taxa de mortalidade por Pneumonia, doença prevenível por vacinação. Mais do que tratar uma Pneumonia, devemos evitá-la e a vacinação antipneumocócica é forma mais eficaz de o fazermos. Saiba mais aqui. Os que merecem mais cuidados nesta altura do ano são as crianças pequenas e as pessoas a partir dos 65 anos, que têm maior probabilidade de contrair pneumonia, tal como quem tem asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), diabetes, doença oncológica, e doenças crónicas cardíacas, hepáticas e renais.
· O microrganismo mais vezes implicado continua a ser o pneumococo, para o qual existe uma vacina, a vacina antipneumocócica;
· Existe uma relação direta entre a gravidade/mortalidade da doença e o início tardio do tratamento
Estas realidades levam, neste dia, a Fundação Portuguesa do Pulmão a propor às autoridades da Saúde as seguintes medidas:
· Que se implementem medidas que permitam melhorar a acessibilidade de todos os doentes ao SNS. Dificuldades nessa acessibilidade significam que muitos doentes vão ser diagnosticados e tratados já em fase tardia da doença, com muito pior prognóstico e maior mortalidade.
· Que sejam incluídos nos grupos epidemiológicos com acesso gratuito à vacina antipneumocócica, todos os doentes que sofram de doenças respiratórias crónicas: insuficiência respiratória crónica, DPOC, enfisema, asma brônquica (sob corticoterapia sistémica ou inalada crónica), bronquiectasias, fibrose quística e pneumoconioses. Incluir este grupo de doentes naqueles que são abrangidos pela vacinação gratuita, diminuirá significativamente a incidência de pneumonias num grupo que é dos mais vulneráveis.
Para a população em geral, sobretudo se fizer parte do grupo de risco, o melhor é sempre aconselhar-se com um profissional sobre a sua saúde respiratória e descobrir como se prevenir, a si e a toda a família.