06 jun, 2019
Figo, um nome forte do futebol mundial, dizia após o jogo de ontem, ter-se tratado de “um jogo estranho”. Não adiantou muito a esta expressão o antigo craque, mas também não era preciso.
Foi, de facto, um jogo estranho: a seleção nacional não foi capaz de ir além de uma exibição sombria, pouco entusiasmante, perante a formação da Suíça que não surpreendeu. Ou seja, Seferovic e os seus companheiros helvéticos produziram um futebol de qualidade, suscetível de colocar em xeque a antecipada previsão de que os portugueses tinham capacidade bastante para passar o rubicão.
É verdade. Mas se não tivesse havido a possibilidade de podermos continuar a contar com maior fenómeno do futebol mundial das últimas décadas, e provavelmente estaríamos agora a carpir mágoas contentando-nos com o jogo de apuramento dos terceiro e quartos classificados da nóvel Liga das Nações.
Cristiano Ronaldo proporcionou-nos a todos mais uma noite de brilho inultrapassável.
Por isso, a forma como, deslumbrada, a imprensa internacional não tardou em tecer loas à exibição e aos golos do nosso madeirense.
Aos ombros de CR7 a seleção portuguesa chega assim a uma final que desde já se aguarda com frenesim e com algumas dúvidas para desfazer. Tendo ficado à vista alguma insuficiência da estratégia montada para o jogo com os suíços, parecem justificar-se mudanças para o embate que se segue no próximo domingo.
E uma nota final para João Félix, que não foi protagonista na noite da Invicta como muitos anteviam, e causado com isso uma leve baixa na bolsa de valores em que tem estado envolvido.
Poderá, inclusive, ter prejudicado a possibilidade de voltar a merecer a titularidade no desafio que se segue.