09 abr, 2019
Sem que se tenham esbatido os ecos das várias polémicas geradas pelos mais recentes jogos do nosso campeonato, as atenções desta semana, pelo menos até quinta-feira, viram-se para as competições europeias, nas quais o futebol português sobrevive graças à participação do Futebol Clube do Porto e do Benfica.
Sem suscitar quaisquer dúvidas, pode afirmar-se que ambos têm pela frente tarefas hercúleas.
Talvez em dose mais elevada a que incumbe ao Futebol Clube do Porto. Para isso, basta olhar para o adversário que lhe coube em sorte, o Liverpool, que não é apenas, neste momento, uma das melhores equipas do campeonato inglês, mas também, e sobretudo, um sério candidato à conquista final da Liga dos Campeões.
O jogo que hoje o coloca frente à principal equipa da cidade dos Beatles é de risco extremamente elevado. Daí que, entendendo perfeitamente essa situação, Sérgio Conceição tenha feito ontem um discurso muito apelativo dirigido aos seus jogadores, incutindo-lhes a ideia segundo a qual qualquer resultado só é conhecido após serem jogados noventa minutos.
Não vale a pena evocar aqui o historial portista nos seus cotejos com clubes da "Velha Albion".
A estatística é realmente negativa, mas esta fórmula, a que muitas vezes se dá demasiada atenção, não ganha nem perde jogos.
Espera-se, por isso, um Futebol Clube do Porto empertigado e personalizado, ainda que sem subvalorizar o seu adversário. Seria incorrer num erro fazer essa avaliação.
Logo à noite joga-se a primeira parte em Liverpool. E não é uma fatalidade realizar o primeiro de dois jogos no campo do adversário.
Se hoje as coisas não correrem mal na Inglaterra, os portistas poderão depois acertar as contas uma semana depois.