01 abr, 2019 • Redação
O comentador da Renascença Jacinto Lucas Pires questiona a real necessidade clínica que justifique o aumento da prescrição de ritalina para crianças.
"Tem a ver com um certo cientismo, passamos a dar nomes a coisas. Antes era um tipo distraído, um tipo aéreo, um tipo um bocado louco, agora temos um nome: é hiperativo, tem défice de atenção. Nalguns casos, é necessário isso, porque de facto é a melhor ajuda, mas noutros casos torna-se num rótulo que não ajuda à solução. As pessoas tornam-se pacientes em vez de serem especiais", diz o escritor.
Em causa está a notícia sobre o aumento de prescrição de ritalina. De acordo com o "Jornal de Notícias, em nove anos, a prescrição terá crescido para mais do dobro.
Já o comentador Henrique Raposo lamenta a generalização da prescrição deste medicamentos.
"Há de facto crianças medicamente especiais, que têm mesmo isto. A tragédia aqui é confundirmos tudo e alargamos o espectro das crianças a quem se dá o medicamento a toda a gente", diz.