Teresa C.
O piso estava molhado e ofereci o braço à minha amiga.
Recusou, de uma forma rápida e um pouco brusca: “ só tenho um braço a que me agarrar”. Sorri para disfarçar a comoção que senti.
Esta minha amiga tinha perdido o seu marido, e naquela resposta quase seca, estava contido todo o amor de uma vida partilhada.
Nesta manhã, Senhor, eu Te peço por todos os casais que partilham vidas inteiras, de alegrias e tristezas, de quedas e recomeços, com filhos e sem filhos, na riqueza e na pobreza ; e Te peço também por todos os que ficam sós, sem conseguir andar de braço dado pela rua…
Nesta manhã, em que já sentimos a esperança do dia de Natal, quero agradecer-Te por todos os casais que se vão cruzando no meu caminho e que me mostram como ainda vale a pena acreditar numa vida de amor partilhado.