Emissão Renascença | Ouvir Online
O Mundo em Três Dimensões
Números que contam histórias de segunda a sexta-feira (05h40, 17h50 e 21h05).
A+ / A-
Arquivo
O Mundo em Três Dimensões - Compras de Natal - 04/12/2018

O Mundo em Três Dimensões

O que é que os portugueses vão dar e receber este Natal?

04 dez, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)


Vestuário, brinquedos e produtos culturais. São estas as prendas preferidas dos portugueses para este Natal. Mas para evitar os habituais congestionamentos dos centros comerciais, a maioria prefere comprar presentes, o mais tardar, ate à primeira quinzena do mês.

Finalmente dezembro, finalmente ruas iluminadas, finalmente montras decoradas. Faltam exatamente 3 semanas para o Natal.

Consegue sentir o espírito da quadra? Já tem a árvore e o presépio lá em casa?

Ou será que a antecedência com que o Natal chegou ao comércio já o fez perder a paciência? Já não pode mais ouvir as mesmas canções? Sofre por antecipação de cada vez que tem de enfrentar o trânsito junto aos centros comerciais?

Desespera quando olha para corredores cheios de gente?

Afinal, a publicidade torrencial desta época do ano pode mesmo ser cansativa, e só de pensar em pôr os pés num centro comercial já dá arrepios. Principalmente aos fins de semana.

É prenda para o pai, para a mãe, para os filhos, sobrinhos, tios, cunhados, sogros e sogras. Mas comprar o quê? E gastar quanto?

Afinal, esta é uma altura do ano em que se gasta mais dinheiro. Mesmo que isso não seja o mais importante. Faz parte, mas, na essência, o Natal é toda uma outra coisa que tem pouco a ver com desembrulhar prendas.

Mas a tradição continua a sê-lo. Por isso, comprar o quê e para quem é a melhor forma de oferecer a lembrança certa sem gastar rios de dinheiro.

Não temos uma resposta para si, mas decidimos pegar em algumas conclusões do Observador Cetelem para o Natal, e percebemos, primeiro, que este ano os portugueses não estão assim tão virados para oferecer presentes.

16% dos inquiridos neste estudo admitem que este ano não há prendas para ninguém. Mais 11% do que no ano passado.

Já quanto aos que tencionam oferecer qualquer coisa, três em cada cinco consideram comprar roupa. Seguem-se os brinquedos e os produtos culturais, como livros, CD's ou bilhetes para espetáculos. Resumidamente, este é o retrato global do país.

Primeiro roupa, a seguir vem o resto. Se, a norte, as escolhas a seguir ao vestuário recaem sobre produtos culturais e brinquedos, na região centro os perfumes e os relógios são as segundas preferências mais frequentes. E na região sul, voltamos aos livros e aos brinquedos.

Sim, porque Portugal não é só Lisboa e Porto. Embora estas sejam as duas regiões que mais volume de negócios movimentam.

Se olharmos para as tendências, percebemos que as listas de desejos da quadra traduzem uma preocupação com a imagem.

Em Lisboa, 32% dos inquiridos querem receber roupa, 29% dinheiro, 23% perfumes e 20% vinhos ou outras bebidas.

No Porto, 51% querem cheirar bem, 42% andar bem vestidos... isso depende do gosto de cada um... 25% querem relógios e jóias e 23% querem receber dinheiro para, depois - quem sabe - colocar numa conta poupança ou ir gastar nos saldos.

Agora, onde é que se compram os presentes?

Fomos à procura da resposta e encontrámo-la num outro estudo da consultora Delloite: 85% dos portugueses continuam a preferir realizar as suas compras em centros comerciais. Em 2017, eram 92%.

No resto da Europa, ir ao shopping é a quarta opção. A preferência continuam a ser as lojas de retalho especializadas.E as plataformas digitais.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.