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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Dez anos para a história

26 set, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Chegou o fim de um ciclo, ou o Real Madrid continua a ser o “dono disto tudo?”

Durante dez anos consecutivos Cristiano Ronaldo e Lionel Messi dominaram por completo o panorama futebolístico mundial, dividindo entre si os mais importantes prémios atribuídos pelas mais altas instâncias internacionais.

Ainda que reconhecendo a possibilidade de esse ciclo chegar ao fim nos tempos mais próximos, parecia contudo possível que o jogador português pudesse ainda chegar à sua sexta conquista.

Cristiano Ronaldo conquistou a Liga dos Campeões Europeus, a Supertaça Europeia, a Supertaça de Espanha e teve participação de mérito no último Campeonato do Mundo, acrescentando a todos estes títulos o de melhor marcador na Champions que o Real Madrid conquistou.

Como é facilmente reconhecível, faltou porém ao CR7 o apoio do clube espanhol que trocou no último defeso pelos italianos da Juventus. E como o clube merengue tem uma enorme potência e dela faz uso sempre que entende necessário, começaram a surgir os primeiros sinais de que muita coisa iria mudar na vida do jogador madeirense.

O primeiro veio da escolha de Luka Modric como melhor jogador da Europa. Ganhou os mesmos títulos que o nosso jogador, tendo apenas registado um comportamento mais relevante no último mundial.

Depois, a expulsão de Ronaldo em Valência, por razões pouco descortináveis e alvo de críticas severas por uma grande parte da comunidade do futebol. Agora o prémio The Best, também atribuído ao jogador croata, jogador do Real Madrid, convém acentuar mais uma vez.

Tudo isto junto, parece significar que em Janeiro CR7 também não será o eleito para a atribuição da Bola de Ouro.

Chegou o fim de um ciclo, ou o Real Madrid continua a ser o “dono disto tudo?”

Por nós, vamos sobretudo pela segunda hipótese. Mas é pena que assim seja…

Comentários
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  • José F Rocha
    27 set, 2019 Leça da Palmeira 20:31
    Estimado Ribeiro Cristóvão: Estranho que nos seus artigos diários ainda não tenha existido referência ao prémio The Best de 2019. Há um ano, aquando da vitória de Modric, publicou um artigo sobre o assunto. Não para enaltecer o vencedor, mas, de forma clara, dizendo que o prémio não era atribuído a Cristiano Ronaldo em resultado do domínio e da respectiva influência do Real Madrid. Este ano, ganho por Messi, jogador do Barcelona, preferiu o silêncio. Será por ser difícil referir que foi por influência do Real Madrid? Ou, porque o ciclo de 10 anos de que falava há um ano, realmente não acabou. Pelo menos para Messi, mais novo e com mais atributos, enquanto jogador de futebol do que Cristiano! Concorde, ou não, com o vencedor é indispensável, a um jornalista, aceitar a decisão (salvo tendo provas objectivas de manipulação) porque esta é de todos os países, os quais estão representados pelo capitão da sua selecção, pelo treinador da equipa do seu país e por um jornalista de cada país especialista em futebol! É muita gente para influenciar e manipular ou até corromper! O bom jornalismo, de que o Ribeiro Cristóvão é quase sempre um exemplo, deve ser independente da admiração pessoal por instituições ou pessoas! O Cristiano Ronaldo, às vezes, dificulta-lhe essa atitude! Cumprimentos José Rocha