20 set, 2018
Não aconteceu desastre no estádio da Luz ontem à noite. Aconteceu apenas aquilo por que se estava à espera. O Bayern de Munique é de outra galáxia, tem outras ambições na Liga dos Campeões, e jogar em Lisboa não significava poder desequilibrar o seu poderio.
E foi o que se viu. A resistência benfiquista durou pouco tempo, e quando aos dez minutos os bávaros abriram caminho para a vitória, a história do desfecho ficava praticamente traçada.
Da noite fica também a resistência do Benfica até onde foi possível fazê-la chegar. E houve até momentos, poucos, em que o vice-campeão português poderia ter chegado com êxito à baliza de Manuel Neuer.
Mas tudo isso se revelou insuficiente para travar a marcha germânica, que nenhum outro neste grupo vai conseguir anular.
Reconhecendo que o adversário foi superior e assim aceitar a derrota sem azedume, a plateia encarnada teve no entanto um momento “festivo”: foi quando o seu ex-pupilo Renato Sanches foi capaz de puxar a culatra atrás e fazer aquilo que ainda não tinha conseguido ao longo da sua aventura germânica.
E o ex-pupilo de Rui Vitória teve comportamento à altura, não acompanhando os seus pares nos festejos do segundo golo que encerrava a festa.
Haja quem ainda saiba honrar o sentimento da gratidão, quase sempre tão arredio do mundo da bola.
A partir daqui, a Champions vai começar para o Benfica. Na ronda que se segue, no dia 2 de Outubro, vai até Atenas onde o espera o buliçoso mas pouco eficaz AEK.
E aí vai certamente começar a escrever a sua história na edição deste ano da mais importante competição da Uefa.