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Não precisamos de mais bandeiras fraturantes

05 fev, 2018 • Opinião de Nota de Abertura


Em vez de discutir como abreviar a vida, seria preferível refletir sobre a qualidade dos serviços de saúde, designadamente no acompanhamento das doenças prolongadas.

Numa rádio com a identidade e a transparência da Renascença, é sempre importante sublinhar as nossas posições sobre as questões éticas que tantas vezes determinam o rumo da vida em sociedade.

Vem este sublinhado a propósito da questão da eutanásia que volta à agenda política portuguesa, como se de uma prioridade se tratasse.

É absolutamente clara a nossa posição a favor do direito à vida. E, portanto, contrária à eutanásia.

Na verdade, em vez de discutir como abreviar a vida, seria preferível refletir sobre a qualidade dos serviços de saúde, designadamente no acompanhamento das doenças prolongadas.

Em vez de mais um debate redutor e meramente ideológico, seria bem mais útil investir seriamente nos cuidados paliativos, proporcionando em todas as principais zonas do país, litoral e interior, um acompanhamento digno aos doentes, tocados pela doença grave ou mesmo terminal.

Não precisamos de mais bandeiras fraturantes, mas de uma atenção redobradas às pessoas, especialmente aos mais velhos que em zonas desertificadas do país enfrentam sozinhos o peso da doença.

Em vez de mais palavras, os portugueses precisam de outras soluções e de melhores respostas.

Estaremos atentos ao debate que se avizinha, respeitando como sempre o fizemos, as regras do pluralismo informativo, mas sem esconder a posição da Renascença nesta matéria.

Comentários
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  • Anónimo
    31 mai, 2018 20:29
    Fraturante é a austeridade! A essa nunca se opuseram! Pasquim de extrema-direita!
  • Indignada
    09 fev, 2018 Fig Foz 15:14
    Bom artigo..., embora contradiga um certo e promíscuo comportamento da RR. Dizem que "Não precisamos de mais bandeiras fraturantes, mas de uma atenção redobradas às pessoas, especialmente aos mais velhos...". Mas o que tem feito a RR ao longo destes últimos 43 anos, que não seja dar voz e branquear aqueles seres da sinistra que vivem do conflito social, de comportamentos fracturantes, caso do MSoares e outros figuras socialistas/comunistas/hedonistas?
  • MASQUEGRACINHA
    08 fev, 2018 TERRADOMEIO 17:30
    Fico muito contente por a Renascença ter, enfim!, percebido que não leva a água ao seu moinho com "debates redutores" (a auto-crítica é sempre um bom ponto de partida), ideológicos ou dogmáticos que sejam, mas sim lançando mão de argumentação que se aplique urbi et orbi - como convém a uma temática que avança para legislação, que será aplicável urbi et orbi. Concordo, em absoluto, com o esboço apresentado: sem uma rede fiável e universal de cuidados paliativos, que garanta reais alternativas, a discussão sobre a eutanásia nem devia ter lugar. As boas intenções, ideológicas ou dogmáticas, ou mesmo legislativas, nunca foram garantia de boas práticas - o caso é demasiado sério para malabarismos sem rede.
  • João Lopes
    07 fev, 2018 Viseu 10:10
    Os promotores da cultura da morte − aborto e eutanásia − atentam contra dignidade da pessoa humana: são os "bárbaros" e os "monstros" destes tempos…A eutanásia e o suicídio assistido são diferentes formas de matar. Os médicos e os enfermeiros existem para defender sempre a vida humana e não para matar, nem serem cúmplices do crime de outros.
  • Augusto
    07 fev, 2018 Lisboa 01:43
    Fraturantes são a fome a miséria, o desemprego.
  • António Costa
    06 fev, 2018 Cacém 02:34
    As "Questões Éticas" que "ainda" nos "guiam" são cristãs. Não apareceram por "geração espontânea". Acontece que em qualquer sociedade as pessoas entendem que os "seus valores", os valores em que foram criadas são "universais". Não são. Os valores são ENSINADOS. Sociedade a sociedade, o respeito pelo outro tem de ser ensinado! O respeito pela vida é uma consequência! Uma consequência dos valores que temos! Não é "o principio" ou a "origem"! Preocupem-se com a "origem", não a deixem "apagar-se"!