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Mau tempo provoca estragos no Norte, centro de Braga cortado ao trânsito

26 out, 2023 - 10:02 • Olímpia Mairos , com Lusa

Proteção Civil registou, até às 11h30, 234 ocorrências relacionadas com o mau tempo nas regiões Norte e Centro, sem causar vítimas nem danos avultados. Ponte de Lima e Arcos de Valdevez são as localidades de Viana do Castelo mais atingidas.

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O mau tempo já fez estragos no distrito de Viana do Castelo, que esteve em alerta vermelho, o mais grave, até às 9h00 desta quinta-feira de manhã, devido à previsão de chuva persistente e por vezes forte.

Como a Renascença adiantou esta manhã, confirma-se a possibilidade de inundações em zonas urbanas e a ocorrência de cheias.

O rio Vez, em Arcos de Valdevez, galgou as margens e inundou a zona histórica da Valeta, invadindo um estabelecimento comercial e o rés-do-chão de algumas habitações.

À Lusa, o comandante dos bombeiros voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, adiantou que, além da freguesia da Valeta, o Vez submergiu os pontilhões - pequenas pontes - de Gondoriz e Rio de Moinhos, impedindo a circulação rodoviária.

Durante a noite, os bombeiros de Arcos de Valdevez, foram chamados a retirar uma viatura abandonada pelo condutor no pontilhão de Gondoriz.

"O condutor arriscou passar e foi travado pela água", explicou Filipe Guimarães.

O comandante adiantou que a ligação rodoviária entre Britelo, em Ponte da Barca, e Soajo e Ermelo, em Arcos de Valdevez, está cortada junto à antiga estação hidroelétrica devido a uma derrocada de grandes dimensões.

Filipe Guimarães acrescentou que entre as 23h00 de quarta-feira e as 8h00 desta quinta-feira, registaram-se 12 ocorrências.

Além das cheias, os bombeiros acorreram a situações de quedas de muros e árvores, entre outras.

No concelho de Viana do Castelo, fonte dos bombeiros sapadores adiantou que entre as 00h00 e as 8h00 foram contabilizadas sete ocorrências, entre elas, um deslizamento de terras junto à Estrada Nacional (EN) 13, perto da Escola Básica e Secundária de Monte da Ola, levantamento de tampas de saneamento que não aguentaram a pressão da água e quedas de árvores de médio porte.

Cheias cortam pontes em Ponte de Lima

A circulação rodoviária nas pontes de Estorãos e de Santa Marinha, em Ponte de Lima, foi cortada ao trânsito devido à subida das águas dos rios Estorãos e Labruja, disse o comandante dos bombeiros voluntários.

Segundo o comandante dos bombeiros voluntários de Ponte de Lima, Carlos Lima, a circulação rodoviária está cortada na ponte de Estorãos, inundada pelas águas do rio Estorãos, e o mesmo acontece na ponte de Santa Marinha, em Arcozelo, alagada pelo rio Labruja.

O comandante referiu também que a “subida rápida” do rio Lima, em Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo, submergiu duas viaturas estacionadas na zona do areal.

À Renascença, o vereador da proteção civil da câmara de Ponte de Lima, Carlos Lago, disse que o tempo é agora de monitorização, sobretudo junto aos caudais dos rios.

“Neste momento continua a chover intensamente. Conseguimos tirar as duas viaturas que não puderam ser tiradas por meios próprios. A intensidade da Chuva continua, mas está controlado”, diz, acrescentando que estão a acompanhar o evoluir da situação e que estão todos os meios no terreno.

“Risco de desmoronamento” no centro de Braga

O trânsito na Praça do Município em Braga foi, na manhã de hoje, parcialmente cortado devido ao “risco de desmoronamento de um edifício”, informou a autarquia.

Num comunicado, publicado na página oficial do município, a Câmara Municipal de Braga refere que o sentido de trânsito foi alterado naquela praça, “sendo que a entrada deve ser efetuada pela Rua de Santo António e a saída pelo acesso à Rua Frei Caetano Brandão”.

No local já se encontram os meios da Proteção Civil Municipal e PSP, assim como os meios próprios da empresa de construção de modo a avaliar a situação.

Mais de 230 ocorrências no Norte e Centro

A Proteção Civil registou, entre as 00h00 e as 11h30 desta quinta-feira 234, ocorrências relacionadas com o mau tempo nas regiões Norte e Centro, sem causar vítimas nem danos avultados.

Em declarações à agência Lusa, o comandante José Miranda, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que a resposta às ocorrências naquele período envolveu 808 operacionais.

“A maioria das ocorrências foi registada na Área Metropolitana do Porto, com 38, na Sub-Região de Viseu, Dão e Lafões, com 37, no Alto Minho, com 27, e na Sub-Região do Cávado, com 24”, adiantou.

De acordo com o comandante José Miranda, entre as ocorrências registadas, 128 dizem respeito a quedas de árvores, 11 a movimentos de massas, 19 a quedas de estruturas e 20 a limpezas de via.

“Até ao momento não há vítimas a registar, nem danos avultados”, disse.

[atualizado às 12h30]

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