21 jun, 2021
No entanto, as contas definitivas só depois de amanhã poderão ser feitas, após chegarem ao nosso conhecimento os resultados finais de todos os seis grupos.
Há um aspeto relevante em tudo isto: a seleção portuguesa depende apenas de si própria, exigindo-se por isso que no desafio com a França não cometa erros semelhantes àqueles que a levaram ao tapete, “nokauteda” pelo futebol mais robusto e eficaz dos alemães que dominaram o jogo de Munique como bem quiseram e lhes apeteceu.
Não adianta voltar àquele jogo em que pouco fizemos para ser possível alcançar um resultado diferente. Nem sequer o facto de termos sido os primeiros a marcar acarreta qualquer mérito.
Na retina, ficou apenas a boa exibição de Cristiano Ronaldo, que marcou um golo, deu outro a marcar, e foi capaz de manter sempre o mesmo ritmo, como uma quase exceção.
Colocado de lado esse pesadelo, temos agora pela frente a ingente tarefa de defrontar o campeão do mundo, a França que, nos dois jogos anteriores já deixou provas sobejas de que está neste Campeonato da Europa para chegar ao primeiro lugar do pódio final.
Mas não é por essa forte razão que Portugal deve baixar os braços e aceitar, resignado, a superioridade do seu adversário gaulês.
Tendo também de ficar à espera do desfecho do outro desafio do seu Grupo, a seleção comandada por Fernando Santos, deve antes disso cuidar de si própria, olhando com objetividade para o embate de Budapeste, para o qual o nosso selecionador não deixará certamente de introduzir proveitosas alterações no “seu” onze repetido.
É que há jogadores, que habitualmente fazem parte do lote dos seus preferidos, que deixaram bem à vista insuficiências insanáveis que não podem ser remediadas de um dia para o outro.
Com uma estratégia bem definida, e com os atletas indicados para a interpretar, será possível não repetir o mau desempenho de sábado.