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Arrancam candidaturas para 500 estágios na Administração Pública

31 mai, 2021 - 07:26 • Lusa

Têm a duração de nove meses, podendo ser celebrados contratos a tempo parcial para permitir aos estagiários a frequência de cursos académicos ou formativos, paralelamente às funções desempenhadas.

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As candidaturas ao programa com 500 estágios remunerados na Administração Pública para jovens arrancam esta segunda-feira. Destina-se a licenciados até aos 30 anos que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego ou até aos 35 anos caso possuam deficiência ou incapacidade.

O diploma que cria e regulamenta o programa EstágiAP XXI já tinha sido publicado em março, mas faltava a portaria para o arranque das candidaturas, que foi publicada em Diário da República e que fixa a distribuição das 500 vagas nos organismos públicos, em vários pontos do país.

Os estágios têm a duração de nove meses, podendo ser celebrados contratos a tempo parcial para permitir aos estagiários a frequência de cursos académicos ou formativos, paralelamente às funções desempenhadas, explica o gabinete da ministra Alexandra Leitão, numa nota enviada à Lusa.

Cada estagiário recebe uma bolsa no valor de 998,5 euros ilíquidos, equivalente à remuneração de um técnico superior em início de carreira, "ou a proporção equivalente ao período de trabalho no caso dos contratos a tempo parcial", explica fonte oficial.

Os estagiários beneficiarão de uma majoração na classificação atribuída em sede de lista de ordenação final em procedimento concursal de recrutamento que seja publicitado nos dois anos após o termo do estágio.

As candidaturas à frequência dos estágios profissionais são apresentadas no prazo de cinco dias úteis após a publicação da portaria e são submetidas no portal Bolsa do Emprego Público.

O ministério realça que a portaria "prioriza as entidades promotoras que, pelas suas atribuições, competências e projetos, demonstrem particular interesse formativo para os estagiários, procurando garantir uma ampla cobertura geográfica do programa, bem como uma maior resposta em zonas eventualmente mais carenciadas de oferta formativa em contexto de trabalho".

"O diploma procurou acautelar a maior diversidade possível de áreas profissionais e formação académica como forma de aumentar a abrangência da oferta de estágios", acrescenta o gabinete.

Segundo o ministério, foi dada prioridade às entidades com um quadro de pessoal mais envelhecido, "numa perspetiva de transferência do conhecimento intergeracional e de rejuvenescimento dos modelos dos serviços".

A análise das candidaturas cabe ao INA e o procedimento de seleção e colocação é concluído no prazo máximo de 60 dias, segundo o diploma publicado em março.

Comentários
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  • Manuel Jorge
    02 jun, 2021 Porto 14:35
    Lisboa continua a ser Portugal. Quase tudo em Lisboa?! Ninguém, minimamente inteligente, se condena a ir para Lisboa pagar rendas exorbitantes, para conseguir um estágio desta natureza! O tempo dos "ordenados" de saldo, tem obrigatoriamente que acabar. Podem dizer, "pegas ou largas", mas, até nisso o ridículo se espelha perante o país que somos. Um licenciado que à partida tem a perspectiva de receber pouco mais que o "ordenado mínimo", quando se aperceber, ou pagar as suas contas no final do mês, vai pensar que aqueceu bastante no trabalho que produziu! Trabalhar para aquecer, não dá! As pessoas precisam de viver com dignidade e, para tal, têm que perspectivar futuro, realização pessoal e nunca sobrevivência, que é o que aqui se oferece.
  • Anónimo
    31 mai, 2021 Lisboa 18:58
    Quando o próprio estado incentiva à precariedade através de contratos a prazo. A escumalha que acha que os funcionários públicos são privilegiados não podia ser mais ignorante.

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