22 abr, 2021
Porém, a forma como os leões chegaram ao empate frente aos azuis, nos derradeiros dez minutos do jogo, obtendo dois golos quando parecia não ter capacidade para dar a volta ao resultado, também pode funcionar ao contrário, isto é, transmitir à equipa o élan que lhe tem faltado, sobretudo nas últimas jornadas.
Uma vitória escassa frente ao Farense, e dois empates consecutivos, um dos quais em Alvalade, consentidos com o Famalicão e com o Moreirense, com exibições quase sempre a deixar muito a desejar, constituem um fraco pecúlio para uma equipa que a determinada altura da temporada se imaginou mais perto do título do que qualquer um dos seus adversários.
A equipa em que Rúben Amorim tem apostado com insistência, parece estar cada vez mais em sub-rendimento, o que parece implicar a adoção de mudanças nas jornadas que se seguem, particularmente na próxima em que tem um compromisso muito complicado frente ao Sporting de Braga.
Faltam agora seis jornadas para que os leões cumpram todo o seu calendário, mas a pressão que se tem denotado na equipa leonina nos últimos jogos parece estar a produzir efeitos nefastos, não obstante o discurso sempre positivo e otimista do seu técnico.
Ver-se-à hoje como Porto e Benfica se desembaraçam dos seus adversários: Vitória de Guimarães e Portimonense vão tentar resistir, mas a verdade é que, em ambos os casos, fica a ideia de que o empate de ontem à noite em Alvalade pode vir a transformar-se numa forte alavanca que ajude uns e outros a saírem-se airosamente das tarefas que lhes cabem.