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Cônsul-geral de Portugal em Sevilha é portista e sonha com novo feito na Liga dos Campeões

07 abr, 2021 - 11:45 • Pedro Azevedo, enviado da Renascença a Sevilha

João Queirós assume que é adepto do FC Porto e acredita que a capital da Andaluzia volte a ser marcante na história europeia do campeão português, nos quartos de final com o Chelsea.

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O cônsul-geral de Portugal em Sevilha é adepto do FC Porto e vai estar a torcer pela equipa de Sérgio Conceição frente ao Chelsea, esta quarta-feira, com o sonho da conquista da Liga dos Campeões na bagageira.

Sevilha volta a entrar na rota europeia do FC Porto. Desta vez devido à pandemia. Foi na Andaluzia que o FC Porto conquistou a Taça UEFA, em 2003, no primeiro título internacional da carreira de José Mourinho. E na caminhada para Dublin, onde o FC Porto ganhou a Liga Europa, em 2011, a equipa azul e branca ultrapassou o Sevilha FC nos 16 avos de final.

No dia do regresso do FC Porto a um estado de Sevilha, neste caso o Ramón Sánchez Pizjuán, casa emprestada para a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, frente ao Chelsea, Bola Branca desafiou João Queirós, cônsul-geral de Portugal em Sevilha, a abordar o jogo e a revelar a sua preferência clubística.

“Como adepto do futebol e do FC Porto, espero bem que a equipa possa passar esta eliminatória. Todos os portistas têm de acreditar e todos os portugueses esperarão que o clube que nos representa na Liga dos Campeões possa ir o mais longe possível”, refere.

Sevilha, cidade talismã


O histórico dos jogos em Sevilha é favorável à equipa portista. João Queirós acredita que esse fator pode pesar no desenlace da eliminatória.

“Preferiria que os jogos fossem no Porto e em Londres. Não podendo ser, espero que o currículo que o FC Porto tem em Sevilha, onde ganhou a Taça UEFA em 2003, possa dar sorte para esta eliminatória da Liga dos Campeões”, declara o cônsul-geral de Portugal na capital andaluz.

Sevilha, também pela presença de ex-jogadores e treinadores do FC Porto, é igualmente uma cidade com vários pontos em comum com o FC Porto.

“A vitória na Taça UEFA em 2003 foi no estádio olímpico, na Cartuja, mas o Porto tem tido uma boa relação com Sevilha. Penso que existe também uma boa relação ao nível dos clubes. Há vários jogadores que têm alinhado no Sevilha FC com passado no FC Porto, como acontece atualmente com o Fernando [Reges] e o Óliver [Torres]. O atual treinador do Sevilha FC, [Julen] Lopetegui, também orientou o FC Porto. Espero que essa boa relação desta vez também dê sorte”, afirma João Queirós.

FC Porto não precisou do apoio do Consulado


O campeão português fará os dois jogos da eliminatória com o Chelsea no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, em Sevilha. A organização do jogo está a cargo do FC Porto, que alugou o estádio, contando com a colaboração do Sevilha FC. A logística da deslocação dos portistas à capital da Andaluzia não necessitou a ajuda do Consulado.

“Não foi preciso, porque penso existir uma boa relação entre os clubes, não havendo nenhuma necessidade logística específica, apesar da situação que se vive, que obrigue a uma intervenção do Consulado”, explica o cônsul-geral de Portugal em Sevilha.

Restrições semelhantes às portuguesas


Em cenário de pandemia da Covid-19, os encontros entre FC Porto e Chelsea das duas mãos dos quartos de final da Liga dos Campeões serão à porta fechada. Os eventos desportivos em Espanha continuam sem público, à semelhança do que acontece em Portugal.

“Em Sevilha, têm-se organizado vários jogos. No último fim de semana, houve aqui a final da Taça do Rei de 2020 e haverá a edição de 2021 dentro de três semanas. Tem também havido jogos da seleção, bem como do Sevilha e do Bétis. Todos os jogos têm decorrido à porta fechada e sem problemas. As regras em vigor são semelhantes a Portugal. É preciso o uso da máscara na rua. O recolher obrigatório é às 23h00. Os restaurantes encerram às 22h30 e têm limitações de espaço e distâncias entre as mesas. Há restrições de circulação, não só entre as várias regiões de Espanha como na fronteira com Portugal. No caso da Andaluzia, há também restrições de circulação entre cada uma das províncias. O combate à pandemia tem sido feito através destas medidas de restrição da circulação de pessoas”, detalha João Queirós.

A taxa de incidência acumulada de infeções pelo novo coronavírus subiu na Andaluzia. Situa-se, nos últimos 14 dias, em 155,4 casos por 100.000 habitantes. Número que representa um aumento de 5,4 em relação ao último sábado e mais 18,4 do que na passada quarta-feira: “É uma incidência de alto risco. Não são os números da terceira onda, mas é preciso todos os cuidados para que esta curva não suba mais.”

O Consulado de Portugal em Sevilha tem inscritos 11 mil portugueses a residir nas comunidades autónomas de Andaluzia e Extremadura, no do sul de Espanha. Em Sevilha, vivem cerca de dois mil portugueses.

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