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Submarino Barracuda sai da água para receber visitantes

09 mai, 2024 - 05:45 • Liliana Monteiro

Uma das embarcações mais antigas da Marinha foi transformada em museu e abre portas para desvendar mistérios sobre a navegação nas profundezas. É inaugurado esta quinta-feira pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo.

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Foto: Marinha
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Onze anos depois de ter atracado pela última vez em Cacilhas, o submarino Barracuda, esta quinta-feira transformado em museu, é inaugurado, abrindo portas ao público no próximo sábado.

O Barracuda esteve 42 anos ao serviço da Marinha Portuguesa, percorreu 800 mil milhas em missões nacionais e internacionais e foi o último submarino da classe Albacora a sair de serviço, em 2010.

O submarino, com nome de peixe, é de construção francesa, data de 1968, tinha uma autonomia de 31 dias no mar, mergulhava até aos 300 metros e contava com uma guarnição de 56 homens.

O comandante Daniel Letras é o director do núcleo museologico que inclui a fragata D. Fernando II e Glória e, agora, o Barracuda. Conhece o submarino como ninguém.

“Fui como voluntário para os submarinos e a coisa que mais queria era navegar neste submarino. Não tive receio ou qualquer medo quando a escotilha fechou e iniciei a primeira viagem na altura até à Madeira”, conta.

Quem visitar este novo museu da Marinha vai perceber desde logo a “exiguidade do espaço” e, muito provavelmente, perguntará como terá sido possível seguir tanta gente a bordo.

“Vamos mostrar aos visitantes o que era a vivência dentro do submarino, como era operado e o que leva a bordo”, explica o comandante.

E, sim, será possível espreitar no periscópio, que tanta curiosidade provoca, e ver o Terreiro do Paço e o Castelo de São Jorge no outro lado da margem.

No interior do Barracuda, vão ouvir-se diversos sons de ambiente marinho: “Golfinhos e baleias, o ruído provocado pelas hélices de um navio mercante, assim como o som de transmissões sonar de navios de guerra que andam em busca de submarinos”, indica a Marinha, numa reprodução do que já foi a realidade para a embarcação quando navegava nas profundezas dos oceanos.

O comandante Daniel Letras revela que foram feitas algumas alterações. “Fizemos adaptações para poder ser visitado por qualquer pessoa. Abrimos duas portas acessíveis por pranchas que ligam o submarino ao cais (situado no Largo Alfredo Diniz, junto ao terminal fluvial de Cacilhas) e a escotilha de entrada oficial no submarino não esta aberta."

"Foi quase como fazer um segundo submarino porque as questões de segurança obrigaram a um novo projecto e nova infraestrutura, com sistema de deteção de incêndios, iliuminação de emergência e videovigilância. Foi uma missão difícil e complexa mas que ficou bem concluída e estamos muito satisfeitos."

O museu submarino está localizado próximo da Fragata D. Fernando e Glória, na doca seca. O bilhete para os dois navios é de sete euros e para apenas para o submarino Barracuda é de quatro euros.

O museu pode ser visitado a partir deste sábado entre as 10h00 e as 18h00.

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