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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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A qualidade técnica não basta

31 mar, 2021 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Saímos da primeira fase com um saldo positivo, apesar de a exibição da seleção, frente ao Luxemburgo, tenha voltado a ficar aquém do desejável. Há novidades do selecionador que talvez valha a pena reter.

Depois do jogo de ontem no Luxemburgo, a seleção portuguesa só voltará a ser chamada ao trabalho no próximo mês de setembro, para aí iniciar um ciclo que só terminará quando, no dia 14 de Novembro, acertarmos contas com a Sérvia para então se encerrar a fase de qualificação para o Mundial do Qatar.

Desta primeira fase saímos com um saldo apesar de tudo positivo: sete pontos em nove possíveis, em circunstâncias estranhas, e de que o desafio de Belgrado fica como o melhor exemplo, mantêm intactas as ambições portuguesas de voltar a uma final mundialista.

No desafio de ontem frente ao Luxemburgo, a exibição das nossas cores voltou a ficar aquém do desejável. É verdade que a formação luxemburguesa já não é o rebuçado adocicado de outros tempos, e para isso basta recordar as dificuldades que causou à seleção lusa, mas ainda assim era exigível um melhor rendimento dos eleitos de Fernando Santos.

Claro que, como escrevíamos ontem, o mais importante eram os três pontos em disputa, certamente adivinhando logo que a exibição voltaria a não atingir nível elevado.

E, de facto, depois de uma primeira parte onde a qualidade esteve ausente, só no segundo tempo se registou uma ligeira melhoria.

Convém, no entanto, voltar a recordar a fase difícil da temporada em que a grande maioria dos jogadores se encontram. Exaustos nas competições muito exigentes onde quase todos tomam parte, não era possível pedir-lhes milagres.

Ainda assim, nas novidades que o selecionador nos trouxe há destaques ao lado dos quais não devemos passar: Nuno Mendes, um estreante que pode ter agarrado definitivamente o lugar, Palhinha, elemento preponderante em lugar muito específico do campo e que até se estreou a marcar, Renato Sanches, que regressou mostrando capacidade para se fixar no onze, Diogo Jota, o novo goleador de serviço, e alguns mais que confirmaram a alta qualidade de que o futebol português pode dispor nestes tempos.

Regressemos agora a casa para passar a dar exclusiva atenção aos campeonatos. E aí há ainda muitas dúvidas para desfazer nos próximos dois meses.

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