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2020 foi o ano mais "difícil e dramático" no Santuário de Fátima

04 fev, 2021 - 17:14 • Olímpia Mairos

“A perda de peregrinos e de receitas faz com que o Santuário tenha de se reinventar para continuar a levar a mensagem ao mundo”, afirma o padre Carlos Cabecinhas. A quebra de donativos situa-se nos 49%.

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O Santuário de Fátima viveu em 2020 o ano mais difícil e dramático da sua história, com quebras no número de peregrinos e nos donativos.

Em comunicado, o Santuário faz saber que “os números das estatísticas revelam bem o dramatismo da situação que vivemos”.

Fátima esteve quase três meses sem peregrinos, de 14 de março a 30 de maio. Celebrou a Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa sem a presença de fiéis.

O Santuário indica que “abril foi o pior mês na história do Santuário com 444 participantes nas 119 celebrações”. Apenas os intervenientes na liturgia estiveram presentes.

Na mensagem, em vídeo, disponibilizada no portal do Santuário, o padre Carlos Cabecinhas assinala que “o ano de 2020 foi um ano diferente, marcado pela estranheza da situação de pandemia e pelos desafios de procurar caminhos de contacto com os peregrinos”.

Uma diferença que se reflete também no esforço “para encontrar formas de tornar segura a visita ao Santuário”, assinala.

Santuário confirma a quebra de mais de 49% nos donativos

O reitor do Santuário de Fátima sublinha que o último ano foi difícil, desde logo “porque nos confrontou com a necessidade de fechar espaços vocacionados para acolher, para receber, para estarem abertos”.

“Difícil porque tivemos de celebrar pela primeira vez o 12 e 13 de maio sem presença física de peregrinos e o 12 e 13 de outubro apenas com 6 mil peregrinos, no amplo recinto de oração; difícil, ainda, a nível económico, pois este lugar depende da presença e da generosidade de quem nos visita”, acrescenta o sacerdote.

Segundo dados do santuário, a “quebra nos donativos, este ano, situou-se nos 49,15%”.

De acordo com o padre Carlos Cabecinhas, “Fátima foi sempre resiliente. Em mais de um século de história, experimentou muitas dificuldades e saiu sempre mais forte”.

“Queremos que agora também assim seja”, afirma o sacerdote, realçando que, “apesar de vivermos, agora, um momento dramático, fazêmo-lo com a esperança de que este ano seja já de recuperação”.

“Respeitamos, agora, as regras do confinamento, com os olhos postos na possibilidade de retomarmos a atividade com maior normalidade. Acreditamos que, diante de nós, se abrem horizontes de esperança”, conclui o reitor do Santuário de Fátima.

Segundo o comunicado enviado à Renascença, “em 2020, 1.403.197 peregrinos conseguiram participar presencialmente em 4.384 celebrações”.

“Um número próximo daqueles que nos acompanham nos dois canais digitais, Facebook e Youtube, os quais o Santuário se viu desafiado a promover, para levar Fátima junto dos que não puderam fazer a sua peregrinação, devido à pandemia”, acrescenta o comunicado.

O Santuário de Fátima assinala ainda que “a adesão, em todo o mundo, não poderia ser mais interpeladora”, indicando que o Facebook tem 1.247.822 seguidores (mais 247.822 que no início da pandemia) e o Youtube, canal onde se registou a subida mais significativa, 192 mil subscritores (mais 127 mil que no início do ano de 2020).

Na sua esmagadora maioria, os peregrinos presencias e os seguidores nas redes sociais são portugueses ou falantes de língua portuguesa, com particular destaque para o Brasil.

Comentários
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  • Ivo Pestana
    04 fev, 2021 RAM 22:50
    No poupar está o ganho.

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