14 ago, 2013 - 19:21
Israel libertou esta quarta-feira 26 prisioneiros palestinianos, um gesto de boa vontade a marcar o arranque as negociações de paz no Médio Oriente.
Mustafa al-Haj, que passou os últimos 24 anos numa prisão israelita pela morte de um colono israelita, manifesta alegria pelo regresso a casa, mas tristeza pelo tempo perdido.
“Sinto que estou num novo mundo. A casa em que cresci mudou. Eu era o irmão mais novo, mas agora eles têm filhos mais altos do que eu, graças a Deus. O bairro mudou, uma geração nasceu e outra morreu. É estranho”, afirma o ex-recluso.
Vistos como terroristas em Israel e heróis nos territórios palestinianos, 11 dos prisioneiros libertados foram para a Cisjordânia e 15 regressaram à Faixa de Gaza.
O dinheiro não vai ser uma preocupação imediata para estes homens, que têm um estatuto equivalente a antigo combatente. A Autoridade Palestiniana paga-lhes cerca de 840 euros por mês.
Este grupo de prisioneiros é o primeiro de quatro, num total de 104 que o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, decidiu libertar, num sinal de boa-vontade para com o processo negocial com os palestinianos.
Israel e Autoridade Palestiniana regressaram à mesa das negociações depois de três anos de costas voltadas.
Os negociadores israelitas e palestinianos estabeleceram um prazo de nove meses para alcançarem um acordo de paz e colocar um ponto final no conflito que dura há seis décadas.