13 ago, 2013 - 20:41
A greve dos trabalhadores da Groundforce, marcada para quinta-feira, pode provocar atrasos e cancelamentos de voos, avisa o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava).
"Seguramente a adesão [à greve na Groundforce] vai ser boa e isso vai provocar atrasos e eventualmente cancelamento de voos", afirmou à agência Lusa o sindicalista Fernando Henriques.
Ao protesto marcado para o feriado de dia 15 deverão juntar-se trabalhadores afectos aos outros quatro sindicatos que ficaram de fora desta paralisação na empresa de serviços em terra de apoio ao transporte aéreo, adianta a mesma fonte.
Os efeitos da greve devem fazer-se sentir sobretudo no aeroporto de Lisboa, mas podem também ocorrer nos aeroportos do Porto, Funchal e Porto Santo.
Fernando Henriques, do Sitava, rejeitou as declarações da Groundforce, que considerou a greve marcada para quinta-feira "incompreensível" e "extemporânea", contrapondo que "só o será para quem não conhece o sentimento dos trabalhadores neste momento".
"As razões são mais do que muitas para os trabalhadores irem para a luta e fazerem greve no próximo dia 15", declarou, apontando os extensos horários de trabalho como a principal queixa dos funcionários empresa.
De acordo com Fernando Henriques, o problema "arrasta-se há alguns anos, mas tem piorado, porque a carga de trabalho tem-se intensificado com horários de 9 e 10 horas de trabalho", sublinhando que "não há abertura da empresa para que se chegue a uma resolução para os problemas que estão a ser contestados".
Fonte oficial da Groundforce refuta a falta de comunicação com os representantes dos trabalhadores, explicando que a última reunião se realizou a 11 de Julho e existe uma outra agendada para 22 de Agosto.
Além da greve ao trabalho extraordinário e aos feriados, o Sitava adianta que, na sequência de um plenário realizado no dia 1 de Agosto, os trabalhadores "aprovaram por unanimidade uma moção que contempla ainda 3 dias de greve, a realizar nos dias 30 e 31 de Agosto e 1 de Setembro".
A Groundforce já garantiu que tudo fará para "mitigar os eventuais efeitos" da greve junto das companhias aéreas e dos passageiros nas várias escalas em que a Groundforce Portugal opera.