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A "raiva e alívio" de Pizzi, na visão de outro médio

02 mar, 2021 - 12:45 • Rui Viegas

João Coimbra, antigo médio do Benfica, lê festejo efusivo do 21 das águias após marcar ao Rio Ave. Também ex-jogador do Estoril, Coimbra antevê ainda o embate decisivo desta quinta-feira para a Taça, no qual a equipa de Jorge Jesus "não pode relaxar".

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Pizzi expressou "raiva e alívio". João Coimbra, também médio e ex-Benfica, explica o festejo muito efusivo do 21 do Benfica, no relvado da Luz, após marcar o segundo golo da vitória sobre o Rio Ave (2-0).

Em declarações a Bola Branca, Coimbra viu no comportamento de Pizzi uma forma de o médio das águias afastar, igualmente, os fantasmas em redor da equipa e de si próprio.

"Os jogadores sentem muito a fase em que estão e a verdade é que o Benfica não está numa boa fase, está a tentar recuperar de uma fase negativa. Psicologicamente é uma profissão muito desgastante e - quando as coisas não correm bem - não é de todo fácil. E é um expressar de raiva, talvez, mas de alívio também. Os jogadores sentem isso. O Pizzi já procurava um golo, esperando ele que as coisas se alterem a favor do Benfica e a seu favor também", começa por referir o jogador que esteve ligado aos encarnados, desde a formação, entre 1996 e 2007, e para quem "estando bem, em plena forma - física e mental", Pizzi "é um jogador titular numa equipa como Benfica. Vendo os números das últimas épocas, ninguém pode dizer o contrário".

"Tem sido uma época muito desgastante. Com o acumular de jogos e com a Covid-19, é normal que haja uma rotação", acrescenta João Coimbra, lendo deste modo a condição de suplente de Pizzi diante dos vila-condenses.

Águias não podem relaxar, contra canarinhos que têm direito ao sonho

Benfica e Estoril-Praia reencontram-se esta quinta-feira na Luz, para a 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal. Uma eliminatória inclinada a favor dos encarnados, que vencerem a primeira partida na Amoreira, por 3-1, com golos de Darwin Núñez (bis) e Seferovic. André Vidigal fez o tento do emblema da Linha.

Todavia, segundo o antigo futebolista de ambos os conjuntos, João Coimbra, as águias "não podem relaxar", sob pena de permitirem uma surpresa ao atual líder da Segunda Liga.

"Depois dos objetivos que não foram cumpridos, o Benfica tem de dar tudo nos objetivos que restam, campeonato e Taça de Portugal. Se a margem naquele clube já é pequena, agora ainda é mais. Não pode relaxar nada. A expectativa era grande. O investimento foi muito alto, para mais com a vinda de um treinador de qualidade como o 'mister' Jorge Jesus, e é claro que o desalento agora é grande. Têm ali uma pequena desculpa com o vírus, mas o desalento é grande ", reconhece Coimbra, que olhando para o outro clube que representou, acredita que o mesmo terá ainda uma palavra a dizer no recinto benfiquista.

"Poder sonhar, pode. Vai depender do começo do jogo. Se o Estoril entrar bem e fizer um golo pode aumentar a ambição e o sonho. Mas se já era complicado antes do primeiro jogo, agora ainda é mais. No entanto, a bola é redonda, o Estoril tem demonstrado um bom futebol e um bom grupo. Tudo é possível, mas claramente que será muito difícil para o Estoril", termina, em Bola Branca, o atual médio dos luxemburgueses do Mondorf-les-Bains.

Com 34 anos, João Coimbra - que deverá pendurar as chuteiras e voltar a casa no fim desta época - jogou no Estoril entre 2009/10 e 2013/14. Passou ainda em Portugal por Amora, Nacional, Gil Vicente, Académico de Viseu, Leiria e Trofense. Jogou também na India e Roménia.

O Benfica-Estoril, para a 2.ª mão das meias-finais da Taça, é na quinta-feira às 20h15. Jogo com relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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