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"No limite, emiti uma opinião." Nuno Melo volta a descartar serviço militar como pena

08 mai, 2024 - 20:37 • Manuela Pires , Diogo Camilo

Ouvido no Parlamento, o ministro da Defesa diz que nunca anunciou nenhuma medida ou estudo sobre o serviço militar como pena alternativa para jovens que cometam pequenos delitos e acusa partidos de aproveitamento político.

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O ministro da Defesa garantiu esta quarta-feira no Parlamento que nunca anunciou nenhuma medida ou estudo sobre o serviço militar como pena alternativa para jovens que cometam pequenos delitos.

“No limite”, disse, chamado ao Parlamento pela Iniciativa Liberal e Chega para esclarecer declarações que fez na Universidade Europeia, as palavras foram “uma opinião”, acusando os partidos de aproveitamento político.

"Não apresentei nenhuma medida, proposta, intenção ou qualquer estudo. No limite, emiti uma opinião. Estou aqui por algo que eu não disse e, no limite, por uma opinião", afirmou, na comissão parlamentar de Defesa, na Assembleia da República.

O ministro começou a sua primeira audição desde que assumiu a pasta da Defesa a exibir um vídeo com um excerto das suas declarações de 27 de abril, em que afirmou que o serviço militar obrigatório poderia ser uma alternativa para jovens que cometam pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, "na maior parte dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida".

"Se bem acautelarem a minha resposta perceberão que fiz duas coisas: em primeiro lugar enalteci as Forças Armadas, o que é um exercício de evidente justiça. E depois mostrei preocupação em relação às vidas de muitos jovens que cresceram em contextos desfavorecidos", afirmou.

Nuno Melo insistiu depois que estava apenas a responder à pergunta de um jovem num num contexto meramente académico e disse ter vivido nos últimos dias "sob uma realidade paralela" e defendeu que não pode comentar "o que não disse".

"A Assembleia da República não é espaço para exercícios de ficção científica", atirou.

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