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A Semana de Nuno Botelho

​Depois do "folclore" é preciso saber "que negócios se andaram a fazer na Santa Casa”

04 mai, 2024 - 12:18

O presidente da Associação Comercial do Porto diz, no espaço semanal de comentário na Renascença, que, além do “folclore político”, é preciso perceber “o que andaram a fazer as últimas administrações” da Santa Casa da Misericórdia “e com que objetivos”.

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Depois do "folclore" é preciso saber "que negócios se andaram a fazer na Santa Casa”

O presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, diz ser fundamental perceber “que negócios é que se andaram a fazer na Santa Casa da Misericórdia” e “o que é que andou a Santa Casa da Misericórdia a fazer nos últimos anos”.

No final de uma semana marcada pela exoneração de Ana Jorge do cardo de provedora da instituição, Nuno Botelho questiona “o que andaram a fazer as últimas administrações e com que objetivos”.

No espaço semanal de comentário na Renascença, o presidente da Associação Comercial do Porto assume perplexidade com o que foi sendo conhecido sobre o estado em que se encontra a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, que acaba por "colocar em causa muito do apoio social” que presta, algo que “deveria pôr todos a refletir”.

O presidente da Associação Comercial do Porto diz que, para além do “folclore político, a que já assistimos e que ainda vamos ver”, é preciso “perceber a importância que a Santa Casa tem no país e não apenas em Lisboa”, pelo que “deveria estar à margem destas questões” e de situações que “em nada dignificam esta instituição”.

“Acho que Ana Jorge já há muito deveria ter apresentado, ou deveria estar a apresentar, o relatório de contas de 2023, coisa que não fez, e deve apresentar uma justificação para isso na Assembleia da República”, defende Nuno Botelho. “Tudo deve ser apurado até às últimas consequências”, conclui.

Norte da semana

Manifesto para a reforma da Justiça: "São 50 personalidades muito diversas e de diferentes quadrantes políticos e também independentes que vêm alertar o país e a sociedade portuguesa, passados que estão 50 anos do 25 de Abril, que é necessária uma reforma muito considerável sobre a Justiça portuguesa. Só quem não tem andado neste mundo, só quem não tem lido os jornais e visto as televisões, é que não vê como absolutamente crucial a necessidade de, primeiro, discutir e, depois, reformar a Justiça em Portugal. Acho que não há democracia e não há liberdade sem uma Justiça que, de facto, atue de forma livre, mas, ao mesmo tempo, com escrutínio. Desse ponto de vista, eu saúdo as pessoas que hoje, de uma forma livre e independente, se dão ao trabalho de pôr isso em causa”.

Desnorte da semana

Protestos nas universidades dos EUA contra a guerra em Gaza: “Isto mostra um mundo muito conturbado. Estamos perto das eleições norte-americanas e isto não é nada bom para Joe Biden, porque quem está no poder sofre as consequências deste tipo de distúrbios. Não ponho em causa o mérito dos protestos, porque o que os jovens esclarecidos querem é mais respostas do Governo norte-americano. Mas, infelizmente para o mundo, eu acho que isto só vai trazer uma coisa: mais votos para Donald Trump. E isso não é nada bom para o mundo ocidental, não é nada bom para as democracias e não é nada bom para o Estado de direito.”

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  • Anastácio José Marti
    06 mai, 2024 Lisboa 08:58
    Estou totalmente de acordo uma vez que, como muitos outros utentes crónicos, fui vítima de ambas as administrações,. que deitaram por terra o que de humano as suas administrações anteriores tinham decidido, no que ao apoio na aquisição de medicamentos para os doentes crónicos que necessitam dos mesmos para poderem sobreviver. Se é verdade que a Administração da SCML dirigida por Martinho é a principal responsável por tal corte, uma vez ter sido a primeira a negar o apoio na aquisição dos medicamentos a utentes crónicos, a Administração dirigida por Ana Jorge não fez melhor, pois nada reparou destas desumanidades cometidas, mantendo o não apoio na aquisição de medicamentos para os utentes crónicos, o que só por si qualifica ambos para as faltas de formação humana para o desempenho dos cargos. Porque infelizmente, os utentes crónicos não deixaram de o ser, quando terá a SCML alguém que respeite as competências da instituição e devolva aos utentes crónicos os apoios na aquisição dos medicamentos que sempre tiveram e de que há duas Administrações que lhes é negado tal apoio. Será assim que se apoia as classes vulneráveis da Sociedade senhora Ministra da Solidariedade e senhor Primeiro Ministro?

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