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África ultrapassa os 100 mil mortos devido à Covid-19

19 fev, 2021 - 09:58 • Lusa

Em janeiro as mortes provocadas pela Covid-19 aumentaram 40% no continente, de acordo com a responsável da Organização Mundial da Saúde.

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O continente africano ultrapassou as 100 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus, numa altura em que se verifica uma escassez de equipamentos de oxigénio. Os dados são do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana.

O continente composto por 54 Estados e habitado por 1,3 mil milhões de pessoas está longe de conseguir lotes de vacinas contra a Covid-19 enquanto a variante sul-africana do vírus faz temer o aumento do número de contágios.

De acordo com a Associated Press, as autoridades de saúde dos vários países africanos que no ano passado mostraram algum alívio quanto à expansão da pandemia demonstram agora preocupação devido ao aumento do número de óbitos.

Comparando com os meses anteriores, em janeiro as mortes provocadas pela Covid-19 aumentaram 40% em África, de acordo com a responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente, Mathsidiso Moeti.

Por outro lado, os especialistas referem que por todo o continente muitas pessoas têm morrido da doença apesar dos óbitos não constarem das listas oficiais de vítimas mortais.

A África do Sul é o país mais atingido do continente tendo registado um aumento de 125 mil mortes provocadas "por causas naturais" entre os dias 3 de maio de 2020 e o passado dia 23 de janeiro.

Como a maioria dos países africanos não dispõe de meios para rastrear a mortalidade não é possível ainda apurar o excesso de óbitos em todo o continente desde o início da pandemia.

"As pessoas estão a morrer devido à falta de cuidados básicos", alertou acrescentando que se verifica uma falência de meios médicos como aparelhos de respiração assistida.

Neste momento, 21 países em África registam um número respeitante à mortalidade muito superior à média dos anos anteriores, disse Nkengasong referindo-se em concreto ao Sudão, Egito, Libéria, Mali e Zimbabué.

"A segunda vaga veio com muita força em parte por causa da nova variante (da África do Sul), e porque se verificaram condições de 'super disseminação'" como o período de férias, disse Salim Abdool Karim, conselheiro do governo sul-africano para as questões relacionadas com a pandemia.

No caso da Tanzânia não se conhece o exato número de mortes por covid-19 e mesmo de infeções porque o país de 60 milhões de habitantes deixou de atualizar os números no passado mês de abril.

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