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Bispo da Guarda desafia ao fortalecimento da “cultura do cuidado”

17 fev, 2021 - 14:01 • Olímpia Mairos

D. Manuel Felício indica que a renúncia quaresmal vai ajudar a Diocese de Pemba e o fundo de solidariedade local.

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O bispo da Guarda, na sua mensagem para a Quaresma, acentua a necessidade de, em tempos de pandemia, “desenvolvermos a cultura do cuidado, contra a tentação da indiferença globalizada”.

“Querendo nós, ao longo da Quaresma, dar especial cumprimento à recomendação de cuidarmos bem uns dos outros, urge procurar reforçar o nosso propósito de viver a solidariedade e a partilha, especialmente com os mais necessitados”, escreve D. Manuel Felício.

O prelado afirma que “apesar da pandemia e mais ainda por causa dela”, a diocese vai fazer a renúncia quaresmal com duas finalidades.

“Uma delas é ajudar a superar a grave crise humanitária que se vive no norte de Moçambique, em que continua a crescer o número de mortos e refugiados”, indica o prelado, acrescentando que será entregue metade da renúncia.

A outra metade é destinada a “um fundo de solidariedade, dentro da nossa diocese, gerido conjuntamente pela Caritas e pelas Conferências Vicentinas, para responder a necessidades novas, fruto da pandemia, entre nós”, acrescenta o bispo da Guarda.

Na mensagem intitulada ‘Quaresma – Tempo para fortalecer a cultura do cuidado’, D. Manuel Felício recomenda para este tempo litúrgico a prática do jejum, da oração e da esmola e também especial acolhimento da Palavra de Deus.

“É que o alimento e os bens materiais não são em si mesmos um absoluto, o tudo da vida pessoal de cada um de nós, mas existem para serem bem geridos a favor de todos, com especial atenção aos mais necessitados”, esclarece o prelado.

“Em tempo de pandemia e na Quaresma, que nos recomenda a oração mais intensa, rezamos pelas vítimas do Covid e suas famílias, pelos profissionais de saúde e outros cuidadores, como capelães e voluntários”, escreve o Bispo da Guarda.

Ao recomendar a esmola e a partilha, D. Manuel Felício recorda o trabalho desenvolvido pelas “instituições de caridade, como os centros paroquiais e outras, que procuram ajudar quem precisa, privilegiando os mais fragilizados”.

O bispo da Guarda lembra ainda que a Quaresma é também, na tradição cristã, um tempo especial de penitência e de reconciliação.
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