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“Levanta-te” para “ajudar a levantar os outros”. É o desafio do bispo de Coimbra para a Quaresma

15 fev, 2021 - 13:18 • Olímpia Mairos

D. Virgílio Antunes considera que “acima de tudo, contam as pessoas, cada pessoa, que é um dom de Deus e um dom para os outros”, acentuando que “cabe-nos, por isso, como indivíduos, como famílias, como Igreja e como comunidade organizada, cuidar das pessoas”.

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O bispo da Diocese de Coimbra, D. Virgílio Antunes, na sua mensagem para a Quaresma, intitulada “Com coragem criativa, levanta-te”, começa por refletir sobre a situação atual provocada pela pandemia de Covid-19.

“Estamos a passar por dificuldades que não conhecíamos. Afetados no corpo e no espírito, na família, na economia e nas relações sociais, sofremos com a solidão, com a perda dos recursos materiais, com a doença e com a morte, pois tudo isso está em nossa casa, à nossa porta e na comunidade humana com a qual somos solidários”, escreve D. Virgílio Antunes.

O prelado reconhece e agradece a “força de humanidade, fraternidade, solidariedade e amor arrancada ao mais fundo de nós mesmos, numa onda de bondade que nos comove e nos faz antever clareiras de esperança”.

“É, sem dúvida, um grande dom de Deus, que habita no coração de cada pessoa e que importa desenvolver e valorizar ainda mais como algo que faz parte de nós e sem o qual não podemos viver”, afirma o bispo de Coimbra.

D. Virgílio Antunes propõe aos cristãos da diocese “uma Quaresma verdadeiramente diferente”.

“Não só por nos encontrarmos em situação de pandemia, mas porque os apelos de Deus soam mais fortes aos nossos ouvidos e nos convidam a levantarmo-nos com coragem criativa, na fé, na esperança e no amor”, explica o prelado.

O bispo da Diocese de Coimbra apresenta, depois, São José como modelo a seguir neste tempo litúrgico da Quaresma, um tempo marcado por dificuldades que derivam da pandemia de Covid-19.

“São José viu sempre abrirem-se diante de si as portas do amor e da esperança, que o levaram a ser fiel e obediente à vontade de Deus. Nunca desanimou, nem baixou os braços, por confiar que estava nas mãos de Deus”, escreve.

O responsável pela Diocese de Coimbra encoraja ao acolhimento do “convite de Deus que se dirige a cada um de nós: levanta-te” para “ajudar a levantar os outros”.

“É um convite pessoal que tem de repercutir-se numa dimensão comunitária”, afirma D. Virgílio Antunes, explicando que assim “ajudaremos a Igreja, Povo de Deus, a levantar-se com coragem e criatividade diante da falta de fulgor que pode estar a atingi-la; ajudaremos a humanidade, começando pela proximidade, a levantar-se, pois, após um estado de alguma euforia quanto às suas possibilidades, encontra-se agora numa situação de algum desânimo e prostração”.

A concluir, o bispo da Diocese de Coimbra nota que “torna-se cada vez mais evidente que cada coisa tem o seu devido lugar e a sua importância no caminho que fazemos para criar melhores condições de vida para todos”.

“Percebemos agora melhor que, acima de tudo, contam as pessoas, cada pessoa, que é um dom de Deus e um dom para os outros. Cabe-nos, por isso, como indivíduos, como famílias, como Igreja e como comunidade organizada em todas as suas estruturas, cuidar das pessoas, como José cuidou de Jesus e de Maria”, observa o prelado.

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