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Arquidiocese de Braga resgata espólio musical do padre Manuel Faria Borda

10 fev, 2021 - 12:56 • Henrique Cunha

O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, diz à Renascença que foi “alertado por um telefonema de um historiador de Esposende para a localização do espólio do padre Borda num alfarrabista local”.

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A Arquidiocese de Braga recuperou o espólio musical do padre Manuel Faria Borda, que se encontrava à guarda de um alfarrabista de Esposende. Os manuscritos, obras completas, partituras e revistas de música vão integrar o arquivo da arquidiocese, num projeto adiado por causa da pandemia.

O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, diz à Renascença que foi “alertado por um telefonema de um historiador de Esposende para a localização do espólio do padre Borda num alfarrabista local”.

De imediato, o prelado entrou em contacto com o responsável pelo espaço, tendo “sido fácil a negociação que resultou na compra do espólio”.

No total foram recuperados mais de uma centena de manuscritos, 75 obras completas, 211 obras impressas, 250 partituras e cerca de 430 revistas de música sacra.

A ideia é que todo este espólio possa ser consultado a partir do momento em que seja concretizado um projeto “há muito sonhado pela Arquidiocese”, que visa a transferência de instalações do atual arquivo diocesano em conjunto com uma biblioteca.


Este projeto teve de ser adiado. D. Jorge Ortiga explica que “a pandemia veio dificultar os movimentos, pois nunca se começa uma obra sem fazer uma estimativa de quanto é que se vai gastar e de como é que poderemos obter o dinheiro necessário para concretizar essa iniciativa”.

“Foi aquilo que aconteceu aqui. Estávamos precisamente para iniciar a obra há um ano, quando surgiu a pandemia e com a pandemia surgiram todas estas restrições e sentimo-nos no dever de esperar, esperar para que na altura própria possa ser construído e realizado esse projeto”, sublinha o arcebispo de Braga.

D. Jorge Ortiga destaca o esforço da Arquidiocese em preservar a sua memória e lembra que o objetivo é “recolher todos os documentos que andam dispersos e que correm o risco de desaparecer”.

“Queremos que o arquivo diocesano não seja um espaço morto e que a biblioteca esteja aberta ao público, com todas as condições que a investigação supõe”, esclarece D. Jorge Ortiga.

Nestas declarações à Renascença, o arcebispo de Braga adianta, por outro lado, que vai ser reservado “um espaço para recolher o espólio de sacerdotes e outras associações que se foram evidenciando em alguma área, como é o caso da música”.

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