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Justiça

Castelo Branco sai em liberdade, mas fica proibido de se aproximar de Betty

08 mai, 2024 - 18:58 • Liliana Monteiro , Olímpia Mairos

O marchand de arte é suspeito de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, de 95 anos. Castelo Branco evita prisão preventiva, mas fica impedido de visitar, viver e aproximar-se da mulher.

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O Ministério Público não pediu prisão preventiva para José Castelo Branco, no caso da suspeita de violência doméstica que levou à sua detenção na terça-feira, adianta a defesa do marchand de arte à Renascença.

Em nota, o Conselho Superior de Magistratura indica que Castelo Branco fica proibido de contactar com a sua mulher Betty Grafstein, permanecer na residência ou hospital onde Betty se encontre ou estar a menos de um quilómetro da mulher.

O socialite foi detido na terça-feira pela GNR por suspeita de violência doméstica e levado para o Tribunal de Sintra, onde se esperava que fosse presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação, o que não aconteceu devido à greve dos funcionários judiciais.

José Castelo Branco passou a noite nos calabouços da GNR e foi ouvido esta manhã em primeiro interrogatório pelo Tribunal de Instrução Criminal de Sintra.

O marchand de arte é suspeito de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, de 95 anos.

Betty Grafstein esteve internada num hospital privado em Cascais desde o fim de abril onde, perante os profissionais de saúde, relatou casos de violência de que terá sido alvo. Como se trata de um crime público, o hospital encaminhou as queixas para o Ministério Público.

Perante a denúncia, e conforme pedido por Betty, José Castelo Branco ficou impedido de entrar no hospital onde esta se encontrava internada.

Segundo a CNN, devido ao agravamento do estado de saúde, a mulher de Castelo Branco foi transferida esta quarta-feira para a unidade de cuidados intensivos do Hospital CUF Tejo, em Lisboa.

No dia em que a queixa se tornou pública, na passada quinta-feira, Castelo Branco tinha publicado um vídeo na rede social Instagram no qual apelava aos seguidores para que rezassem pela sua mulher.

Depois de ter sido formalizada a queixa, surgiram também outros testemunhos de violência sobre Betty, relatados por antigos funcionários e amigos.

O socialite tem negado sempre as acusações, tendo começado por dizer que se teria tratado de um pequeno acidente. Perante as alegações, reagiu em declarações ao Expresso: “Nem respondo a algo tão ridículo.”

Grafstein está internada no hospital devido a uma fratura no fémur e uma pneumonia.


Se é vítima de violência doméstica peça ajuda. Se conhecer algum caso, denuncie - a violência doméstica é crime público e denunciar é uma responsabilidade coletiva.

Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD)

Se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica, envie uma mensagem para a Linha SMS 3060 ou ligue 800 202 148. Esta linha é gratuita, funciona 7 dias por semana, 24 horas por dia.

APAV | Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

Telefone: 116 006 (linha de apoio à vítima, dias úteis das 08h00 às 23h00. Chamada gratuita)

A CIG tem ainda em funcionamento um serviço de correio eletrónico para colocar questões, pedidos de apoio e de suporte emocional: violencia@cig.gov.pt.

Pode também participar situações de violência doméstica à GNR, à PSP diretamente no Portal Queixa Eletrónica.

SNS 24 (808 24 24 24), disponível todos os dias, 24 horas por dia

Número Nacional de Socorro (112)

Linha Nacional de Emergência Social (tel. 144, disponível todos os dias, 24 horas por dia)

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