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Peixe frito com larvas? PSD quer investigação em escola de Portimão

25 jan, 2024 - 15:00 • Lusa

Alunos fotografaram a refeição. Diretora afirma que "não se constatou perigo para a saúde dos alunos". PSD de Portimão quer abertura de inquérito-

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Os alunos de uma escola de Portimão fotografaram (e divulgaram nas redes sociais) uma refeição que lhes foi servida onde, entre o peixe servido na cantina da escola, haveria larvas. Em reação à notícia, avançada pelo Correio da Manhã, o PSD de Portimão vai pedir à Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a abertura de um inquérito à "suposta presença de larvas" na refeição servida no refeitório escolar da Escola Básica e Secundária da Bemposta, em Portimão.

Em comunicado, Ana Fazenda e Rui André, vereadores sociais-democratas naquela autarquia do distrito de Faro, sustentam que a situação "pode configurar um problema de saúde pública e de alarme social" para qualquer progenitor. Os membros do PSD interpelaram o executivo na reunião de Câmara na quarta-feira, considerando "a dimensão de potencial problema de saúde pública", uma vez que a delegada de Saúde esteve presente no local, embora não tenha conseguido ter acesso ao peixe alegadamente contaminado.

A diretora do Agrupamento de Escolas da Bemposta, Sandra Tenil, disse à Lusa que "a equipa de Saúde não teve acesso ao prato referido com a alegada contaminação, porque a aluna não reportou nem apresentou o prato". A responsável escolar frisou que a equipa de saúde teve acesso a uma amostra testemunho do prato confecionado e a uma caixa que sobrou com o peixe ultracongelado.

"Em articulação com a equipa de Saúde que esteve comigo, tiveram acesso a tudo aquilo que nos pediram, inclusivamente à amostra testemunho que tiramos diariamente e que é obrigatório por lei e que foi levada para análise", assegurou a diretora. De acordo com Sandra Tenil, assim que a direção da escola teve conhecimento do caso, através de imagens que circulavam nas redes sociais na terça-feira, "decidiu dar início ao protocolo estabelecido na lei".

O protocolo decorre em articulação com a empresa de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP, sigla em inglês para Hazard Analysis and Critical Control Point) que acompanha os procedimentos de higiene, conservação, manipulação e confeção de alimentos de cantinas e bares do agrupamento e com parceiros, nomeadamente com a equipa de saúde escolar.

Sandra Tenil disse ainda que, com base na monitorização efetivada, "não se constatou perigo para a saúde dos alunos, professores e funcionários".

Questionada pela Lusa, a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Bemposta referiu numa nota escrita que o assunto foi abordado "com caráter de urgência", tendo sido contactados os encarregados de educação com conhecimento direto dos factos e as entidades competentes.

"Relativamente aos pedidos de esclarecimento apresentados, a direção do Agrupamento Escolar, até à data, infelizmente, ainda não deu resposta às nossas tentativas de contacto e de esclarecimento para além do que está no "site" do agrupamento", lamenta.

A associação "está e irá acompanhar os acontecimentos até que haja a confirmação da ausência de impactos na saúde dos alunos, assim como a introdução de melhorias na gestão do processo de segurança alimentar das refeições fornecidas", concluem.

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