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Escolas fecham por 15 dias e sem ensino à distância

21 jan, 2021 - 15:00 • João Carlos Malta

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira uma "interrupção que será compensada no calendário escolar".

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Costa anuncia encerramento de escolas. “Quisemos evitar", mas o risco "aumentou muito”
Costa anuncia encerramento de escolas. “Quisemos evitar", mas o risco "aumentou muito”

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O primeiro-ministro António Costa anunciou esta quinta-feira o fecho das escolas por 15 dias, e sem ensino à distância. A solução do Governo é a de criar uma interrupção letiva nas próximas duas semanas que "será compensada [posteriormente] no calendário escolar”.

Também as creches, os ATL e as univesridades vão estão encerradas nas próximas duas semanas.

“Manda o príncipio da precaução que procedamos à interrupção de todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias, suspensão e interrupção que será devidamente compensada no calendário escolar ”, afimou o primeiro-ministro, durante a conferência de imprensa em que foram anunciadas mais medidas para combater a pandemia.

A compensação desta suspensão, segundo Costa, ocorrerá mais à frente num período em que o calendário escolar antes previa a existência de férias.

Durante a mesma comunicação ao país, Costa avançou também que a partir de amanhã se dará o encerramento das lojas do cidadão, e suspendeu os prazos judiciais de todos os processos não urgentes.

As escolas de todo o país vão assim fechar por 15 dias. As familias com crianças menores de 12 anos serão apoiadas "idêntico ao que foi dado na primeira fase do confinamento". O encerramento das escolas entra em vigor já esta sexta-feira.


NÚMERO DE CASOS DIÁRIO DE COVID-19

Em relação aos serviços públicos, apesar do fecho das lojas do cidadão, os serviços públicos vão manter os atendimentos por marcação.

"Em relação aos serviços públicos, iremos proceder ao encerramento das Lojas do Cidadão mantendo-se exclusivamente em funcionamento o atendimento por marcação nos demais serviços públicos”, avançou o líder do Executivo.Já os tribunais, os processos não urgentes têm os seus prazos suspensos.

Ainda sobre as escolas, Costa acrescentou ainda que tal como no primeiro confinamento, haverá escolas a funcionar para filhos de trabalhadores essenciais e serão garantidas as refeições escolares aos beneficiários da ação social. Já os pais terão as faltas justificadas ao trabalho e apoio idêntico ao que foi dado no primeiro confinamento.

Em relação ao ensino superior, as universidades poderão ter de “reajustar” o calendário de avaliação. Neste momento, muitas instituições de ensino superior encontram-se em época de exames.

Quem tem filhos mais pequenos, ficou a saber também que as creches e ateliês de tempos livres serão encerradas no âmbito da interrupção das atividades letivas por causa do novo coronavírus.

Porquê só agora?

António Costa quis ainda explica o porquê de só neste momento se avançar para o fecho das escolas.

"As escolas não são nem foram o principal foco de transmissão”, enfatizou repetidamente o primeiro-ministro. "A interrupção de actividades lectivas é profundamente danosa" no processo de aprendizagem, “não é susceptível de compensação”.

"Dois anos lectivos com interrupções no processo de aprendizagem tem danos muito acrescidos e foi por isso que tentamos não adoptar esta medida”, justificou Costa, admitindo ser “muito frustrante” para as escolas “ter de sofrer uma interrupção destas fruto de uma alteração do vírus”.

O primeiro-ministro deu ainda como permissa para o encerramento das escolas o efeito da estirpe inglesa, que há uma semana tinha uma prevalência conhecida de 8% na comunidade, passou para 20% esta semana, e em breve pode chegar aos 60%.

"Apesar de os especialistas dizerem que este vírus não afecta mais a saúde, mas dizem que tem mais carga viral e uma velocidade de propagação muito maior", alertou.

O quadro de medidas "suplementares" de combate à Covid-19 hoje adotadas, em que se destaca a suspensão da atividade letiva, será reavaliado pelo Governo dentro de 15 dias. “Todas as medidas têm um prazo de vigência de 15 dias, embora, na próxima semana, haja uma reavaliação do estado de emergência, que termina [dia 30]. Estas medidas serão reavaliadas dentro de 15 dias e diariamente iremos acompanhar a evolução da chamada estirpe britânica em termos de prevalência na sociedade" rematou.

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  • EU
    21 jan, 2021 PORTUGAL 17:31
    Manda, OU MANDAVA, o princípio da precaução? Como EU GOSTAVA de ter metade da IDADE. Saúde para os MORTAIS.

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