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Socialistas espanhóis enchem ruas de Madrid para pedir a Sánchez que fique no cargo

27 abr, 2024 - 14:00 • Miguel Marques Ribeiro com Reuters

Primeiro-ministro espanhol negou as acusações feitas contra a sua mulher, Begoña Gómez, e adiantou que a decisão de uma eventual renúncia será conhecida na segunda-feira.

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Milhares de apoiantes do Partido Socialista desfilaram este sábado em Madrid para pedir ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, que permaneça no cargo, depois de este ter surpreendido o país esta semana ao anunciar que poderia renunciar.

Sánchez afirmou na quarta-feira que iria refletir “durante alguns dias” para tomar uma decisão depois de um tribunal ter lançado uma investigação de corrupção que visa empresas da sua mulher.

Ainda assim, o líder do Governo espanhol avançou que as diligências judiciais mais não seriam do que uma campanha sustentada de calúnia contra ele e a sua família organizada por forças da oposição.

Sánchez negou as acusações feitas contra a sua mulher, Begoña Gómez, e adiantou que a sua decisão será conhecida na segunda-feira.

"Primeiro-ministro, fique. Pedro, fique. Estamos consigo", declarou a vice-primeira-ministra e ministra do Tesouro, Maria Jesus Montero, numa reunião do Partido Socialista Operário Espanhol que decorreu em Madrid.

No exterior, simpatizantes do partido encheram as ruas, pedindo a Sánchez que fique no cargo. Cerca de 12.500 pessoas terão estado na manifestação, segundo os dados fornecidos pelo Governo espanhol.

"Espero que continue, porque a Espanha tem de continuar com ele. A hipótese contrária assusta-me. Temos medo do que possa acontecer", disse à Reuters Leonor Romero, de 56 anos, vereadora de Huelva, do sul de Espanha.

"Ele deve continuar. Acho que não vai renunciar. Se os fizer ficamos órfãos", disse o aposentado José Luis Trigo, de 74 anos.

Os partidos da oposição condenaram a iniciativa de Sánchez. "Peço a todos os cidadãos que não se deixem enganar. Espanha não tem um problema, quem tem um problema judicial é Sánchez, o seu governo, o seu partido e o seu círculo. Eles que o resolvam", afirmou Alberto Nuñez Feijoo, líder do Partido Popular, durante uma reunião em Tarragona, na Catalunha.

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