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Alunas de Viseu fazem calendário solidário com Irmãs em clausura

10 jan, 2021 - 12:08 • Liliana Carona

O resultado das vendas reverte a favor da Cáritas da Diocese de Viseu. Alunas do curso de Artes Plásticas e Multimédia, da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), deitaram mãos à obra, num trabalho conjunto com as irmãs do Convento de Santa Beatriz.

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Alunas da ESEV fazem calendário solidário com Irmãs em clausura  - Reportagem de Liliana Carona
Ouça aqui a reportagem da jornalista Liliana Carona

Como vivem e o que fazem as irmãs em clausura do Convento de Santa Beatriz, de Viseu? Foi esta a questão que levou um grupo de alunas da disciplina de Tecnologias de Edição e Publicação, do curso de Artes Plásticas e Multimédia, da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), a elaborar o calendário: “Neste tempo de pandemia, elas rezam por si”. O resultado das vendas reverte a favor da Cáritas da Diocese de Viseu.

Preocupadas com o impacto da pandemia nos mais carenciados, um grupo de alunas decidiu elaborar um calendário solidário, cujas verbas revertessem para a Cáritas Diocesana de Viseu.

Mas queriam algo diferente: entrar num convento onde as religiosas estivessem em clausura para as fotografar. Será que conseguiram? Carolina Dionísio, 21 anos, a frequentar o 2.º ano de Artes Plásticas e Multimédia, conta como correu o desafio nascido nas aulas de Tecnologias de Edição e Publicação da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV).

“Refletimos bastante e há imensas instituições que ajudam pessoas que passam fome e pensámos juntarmo-nos à Cáritas da Diocesana de Viseu, mas também abordar as irmãs que vivem em clausura, do Convento de Santa Beatriz, e mostrar como elas vivem e as suas tarefas diárias. Mandámos um email, e não foi possível irmos lá, mas tivemos uma irmã solidária que nos tirou as fotos e ficaram bastante bem. Tivemos de editar e cortar. Não vou dizer que foi fácil, porque ainda houve muito trabalho na edição”, explica a jovem estudante.

A edição ficou a cargo das próprias estudantes que, não podendo entrar no Convento, solicitaram às irmãs as fotografias, conforme orientações enviadas por correspondência eletrónica.

Posteriormente, todo o trabalho de edição e grafismo decorreu em contexto da unidade curricular.

Numa primeira edição de 25 calendários, vendidos a 10 euros cada, o resultado vai reverter a favor da Cáritas Diocesana de Viseu, a quem também foi entregue a versão digital para que possa vender mais calendários, ou seja, estes primeiros calendários serão vendidos pelas alunas em contexto escolar, mas posteriormente ficarão disponíveis na Cáritas Diocesana de Viseu.

Daniela Santos, 20 anos, da mesma turma que Carolina, está responsável pelas vendas dos calendários.

“De momento, temos 25 calendários, a 10 euros cada e cedemos a versão digital à Cáritas para que possa imprimir mais calendários e receber diretamente o lucro da sua venda”, esclarece.


A Ordem da Imaculada Conceição, fundada em 1484 por Santa Beatriz da Silva – a primeira santa portuguesa a ser canonizada -, é uma família religiosa contemplativa feminina, nascida no seio da Igreja Católica com a missão de imitar e reproduzir as virtudes de Maria, honrando a sua Imaculada Conceição.

Nasce oficialmente, a 31 de maio de 1970, o Mosteiro de Viseu das Monjas Conceicionistas Franciscanas. Com o seu amor a Cristo Redentor, e especial devoção a Maria Imaculada, como Santa Beatriz da Silva; as Irmãs dedicam o seu tempo a ajudar as pessoas por meio da oração, da ajuda espiritual e do acolhimento de jovens mulheres que desejem conhecer e experimentar a vida contemplativa no Mosteiro.

Este calendário, concluem as alunas, “aproxima-nos da vida das irmãs contemplativas deste Mosteiro, mostrando com delicadeza detalhes do dia-a-dia, com fotografias que muitos de nós nunca vimos” e assim “elaborámos um calendário solidário com vista a revelar e valorizar o trabalho, por vezes esquecido, das irmãs que, em clausura se dedicam às mais variadas responsabilidades”.

De salientar que alunos da mesma turma produziram outro calendário solidário, “Sonhos da APPDA”, cujas vendas revertem para a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Viseu (APPDA-Viseu).

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