30 dez, 2020
Tendo estado a perder por duas vezes no estádio do Fundador, a equipa de Sérgio Conceição revelou sempre capacidade para dar a volta ao resultado, e acabou somando três pontos preciosos, que lhe permitiram manter a distância pontual relativamente aos seus mais diretos opositores.
Ao contrário, o Benfica, mesmo ganhando na Luz ao último da tabela classificativa, voltou a apresentar futebol de fraca qualidade, com exceção da primeira vintena de minutos, no desafio com o Portimonense.
Os pontos conquistados são importantes, é verdade, mas terminar o jogo com o credo na boca
não dá para entender este estado amorfo de uma equipa recheada de craques, quase todos internacionais, sendo por isso de perguntar se não é possível jogar um pouco melhor?
Jorge Jesus, resignado face a este cenário degradante, que coloca em franja os nervos dos adeptos encarnados, continua a motivar fortes interrogações perante um estado de alma que não se lhe conhecia. Veremos até quando esta situação vai manter-se, uma dúvida que se acentua olhando para o calendário que os benfiquistas têm pela frente.
Como dissemos ontem, o Sporting de Braga protagonizou uma atuação de alta qualidade frente ao Boavista, o que o torna cada vez mais um adversário temível, que os três grandes vão ser obrigados a ter em conta.
Já o Sporting, também venceu, é certo, mas o futebol que exibiu no Jamor frente ao Belenenses SAd, deixou à vista carências que têm vindo a progredir nos últimos jogos.
Mesmo assim, os leões dobram o ano no comando da classificação, mas os tempos que se avizinham não permitem otimismos exagerados.
Uma nota final para os árbitros, alguns dos quais estiveram em foco, pela negativa, com acuações suscetíveis de reparos sobretudo nos jogos da Luz e de Guimarães, onde as decisões mais discutíveis favoreceram os mais fortes, o Benfica e o FC Porto.
Quanto ao Sporting, mesmo tendo ganho, ao contrário, saiu a perder com o trabalho realizado por Rui Costa.