09 mai, 2018 - 14:12
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Sete dias depois da mudança, os comerciantes ainda não se habituaram ao "novo Bolhão". As instalações, provisórias, do emblemático mercado portuense têm, agora, escadas rolantes e ar condicionado, mas nem todos estão satisfeitos com a "nova casa".
“O ar livre é a única coisa que sinto mais falta. Agora estamos aqui metidos neste aquário”,diz Maria Olinda. “Está confortável, está com higiene e qualidade", adianta.
As instalações provisórias "limparam" o Bolhão, mas não foram apenas as instalações que mudaram. O horário de trabalho passa a ser das 8h00 às 20h00, ao contrário do antigo, que era das 8h00 às 17h00. Para os trabalhadores, as 12 horas laborais diárias são “demasiado”.
Quanto à afluência, as opiniões divergem. Enquanto que para uns a adesão ao Mercado Temporário tem sido maior, outros queixam-se exatamente do contrário. É o caso de Amélia Babo. Admite que as condições são melhores, “mas os clientes são menos”.
“A nível de instalações, cuidados de higiene, estamos muito bem, agora de resto, não. Falta-nos o Bolhão”. São palavras de Sofia Pires, comerciante no Bolhão há 3 anos.
O Mercado do Bolhão fechou para obras e só deverá abrir portas daqui a dois anos. Até lá, os comerciantes permanecem no Mercado Temporário.