30 nov, 2020 - 08:23 • Lusa
Os trabalhadores dos CTT cumprem esta segunda uma greve, que vai decorrer também na quarta e quinta-feira, reivindicando aumentos salariais e reforço de colaboradores para o serviço postal, distribuição e chefes de estação.
Esta paralisação abrange a distribuição postal e a rede de atendimento.
A adesão à greve dos trabalhadores foi de 75% no turno da noite nas centrais de correio de Lisboa e Porto, segundo o sindicato o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).
Em declarações à Lusa, no dia 17 de novembro, o secretário geral do SNTCT, Vitor Narciso, disse que a greve deverá ter "um grande impacto no atendimento e no tratamento e distribuição de correspondência, mas é essa a intenção, para que a empresa perceba a indignação dos trabalhadores e a opinião pública perceba o que se passa nos CTT".
De acordo com o sindicalista, o objetivo é que "seja reposta a normalidade nos CTT em termos de contratação coletiva e de qualidade do serviço público que é prestado à população, que é cada vez pior, com os atrasos a aumentar na distribuição de correspondência".
Vitor Narciso lembrou ainda que o processo negocial se arrastou desde o início do ano e acabou sem qualquer acordo, já em fase de conciliação do Ministério do Trabalho, com a empresa a alegar falta de liquidez para os aumentos salariais.
Na passada sexta-feira, em comunicado, a Associação Nacional dos Chefes de Estação dos Correios (ANCEC) manifestou a sua total discordância e incompreensão em relação à greve geral convocada considerando-a "totalmente inoportuna" e que "em nada vem contribuir para a união dos profissionais dos CTT".
Os CTT já tinham condenado a greve devido à data escolhida, garantindo que não faltam colaboradores no quadro e que vão ser pagos prémios aos trabalhadores.