23 nov, 2020 - 21:49 • Lusa
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O Parlamento aprovou parcialmente, esta segunda-feira, a a proposta do PEV para reforço, até ao final do primeiro trimestre de 2021, da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação em Medicina Intensiva.
No segundo dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), os deputados aprovaram a criação de 400 novas vagas em cuidados intensivos mas o voto contra do PS e as abstenções de PSD, CDS e Iniciativa Liberal inviabilizaram a contratação de 50 médicos, 600 enfermeiros e 200 assistentes operacionais, através da celebração de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.
Foi igualmente aprovada pela Comissão de Orçamento e Finanças uma proposta do PS para que, no próximo ano, o Governo crie “cinco equipas comunitárias de saúde mental para a infância e adolescência, uma por cada região de Portugal Continental, recrutando para o efeito um total de até 30 profissionais”.
Esta proposta mereceu o voto favorável de todas as bancadas, à exceção do BE, que se absteve.
O PSD viu aprovada, através de outra coligação negativa (apenas os votos contra do PS), a proposta para que seja alargada a “gratuitidade da vacinação antipneumocócica aos doentes com doenças respiratórias crónicas, comparticipando-a pelo escalão B (69%) para as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, desde que mediante prescrição médica”.
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Os deputados aprovaram igualmente, apesar do voto contra do PS e a abstenção da Iniciativa Liberal, uma proposta do PCP para que sejam dispensados gratuitamente “medicamentos antipsicóticos simples, pertencentes ao Grupo 2 - Sistema nervoso central com a referência 2.9.2. antipsicóticos simples, para administração oral e intramuscular”.
“Com esta proposta, o PCP pretende aumentar a acessibilidade dos utentes à terapêutica e, por conseguinte, aumentar a adesão terapêutica, a qual é fulcral para o tratamento e reabilitação dos doentes com perturbações mentais graves”, justifica o partido.
Os socialistas viram aprovada uma proposta que estabelece que o regime de comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde “é válido durante o ano de 2021 e assume a forma de um projeto-piloto”.
Esta iniciativa mereceu o voto contra da Iniciativa Liberal, a abstenção de PCP e Chega e os votos favoráveis dos restantes deputados.
Neste tema, a Assembleia da República aprovou também, apenas com o voto contra do PS, uma proposta do PSD que prevê que este regime de comparticipação se mantenha em vigor em 2021.