19 nov, 2020 - 10:57 • Liliana Monteiro
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O crescimento de casos na última semana na região Norte aumentou 16%, mas regista agora uma tendência de abrandamento. O maior crescimento de casos verifica-se na faixa etária de população ativa e nos idosos.
As indicações foram dadas pelo professor de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Óscar Felgueiras, presente na reunião de especialista que decorre nas instalações do Infarmed.
"Estamos neste momento com uma incidência que é quase sete vezes superior à registada em abril no momento mais alto da pandemia e recentemente a tendência foi de haver um certo abrandamento", sublinhou.
O docente revelou ainda que a média diária regista uma incidência sete vezes superior ao pico de abril.
Segundo Óscar Felgueiras, estão a surgir cerca de 200 casos diários de pessoas com 80 ou mais anos neste momento. "A verdade é que a incidência é bastante elevada".
Por outro lado, indica o especialista, a zona do Porto, que regista 1.205 casos nos últimos 14 dias, sofre nesta altura uma descida acentuada de casos.
Antes de Óscar Santos, foi a vez do diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde André Peralta Santos dar conta da incidência de casos a 14 dias. Peralta Santos revelou que se regista uma maior heterogeneidade de casos no mapa das infeções, sublinhado que as medidas de restrição de mobilidade levam agora mais tempo a sortir efeito no terreno.
Este especialista reafirma que 60% dos casos de infeção surgem no âmbito familiar e coabitação. Os contágios na área laboral, em contexto de lares e escolas aparecem em segundo plano.
Hora da Verdade com Manuel Carmo Gomes
Epidemiologista Manuel Carmo Gomes afirma que é “a(...)
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, e dirigentes dos partidos com assento parlamentar assistem às reuniões do Infarmed.
Estas reuniões, que surgiram por iniciativa do primeiro-ministro, com um objetivo de partilha de informação, começaram no dia 24 de março e decorreram até 8 de julho, em dez sessões no auditório do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos da Saúde, em Lisboa, inicialmente semanais e depois de periodicidade quinzenal.
Depois de cerca de dois meses sem nenhuma reunião, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou no dia 27 de agosto que estas sessões com peritos e políticos iriam ser retomadas, com uma novidade: "Terão uma parte, a parte expositiva, que será de transmissão aberta e essa é a principal diferença que as reuniões terão face ao passado".
Em Portugal, morreram 3.632 pessoas dos 236.015 casos de infeção confirmados, de acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde. (DGS).
Outro cenário em cima da mesa passa por antecipar (...)