12 nov, 2020
Foi fácil vencer a seleção de Andorra num jogo que não contou para nenhum campeonato. Tratou-se, como escrevemos ontem nesta mesma página, de um desafio despido de qualquer sentido, e apenas possível porque FIFA e UEFA desenham calendários a seu bel-prazer sem se preocuparem, com alguns aspetos muito relevantes, principalmente aqueles que têm a ver com a saúde dos jogadores.
Passada a noite, a seleção portuguesa somou mais uma robusta vitória e Cristiano Ronaldo acrescentou mais um golo à sua fabulosa marca fazendo-o assim aproximar mais um pouco do atual record do mundo, o que, traduzido em números, significa que o nosso internacional soma agora 102 golos contra os 108 obtidos pelo seu rival iraniano.
Cumprido este compasso de espera, as nossas atenções passaram a estar viradas para o desafio do próximo sábado, a disputar no estádio da Luz, e em que o adversário é a França, tal como nós ambicionando amealhar os pontos suficientes que permitam garantir a liderança do grupo da Liga das Nações a que pertencem gauleses e portugueses.
Não é sensato comparar os dois jogos em que ontem participaram as duas seleções, sobretudo porque não tem grande significado recuperar a derrota da França diante da Finlândia em um dos muitos desafios amigáveis de ontem.
As circunstâncias perante as quais estaremos depois de amanhã vão diferir de tudo quanto aconteceu ontem.
Por isso, será importante que os escolhidos por Fernando Santos consigam, pelo menos um empate sem golos, igual ao de Paris, há três semanas.
Porém, bom, mesmo bom, será vencer os escolhidos de Déchamps. E essa não é uma tarefa impossível, mesmo que não venhamos a ter Éder no eixo do nosso ataque.