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Tiroteio em Viena. Atacante morto era simpatizante do Estado Islâmico

03 nov, 2020 - 07:30 • Redação com agências

Subiu para quatro o número de vítimas do ataque na capital austríaca. Segundo o último balanço há, pelo menos, 15 feridos graves.

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Tiroteios em Viena deixam quatro mortos. Atacante abatido era “simpatizante de milícia terrorista”
Tiroteios em Viena deixam quatro mortos. Atacante abatido era “simpatizante de milícia terrorista”

O ministro do Interior austríaco revelou que um dos autores do ataque em Viena, na segunda-feira, era "um simpatizante" do Estado Islâmico (EI). O atentado fez quatro mortos e 22 feridos, dos quais sete estão em estado crítico.

É uma pessoa radicalizada que se sentia próxima do EI”, disse Karl Nehammer, em conferência de imprensa, referindo-se a um dos autores do tiroteio, que morreu numa troca de tiros com a polícia.

O atacante tinha 20 anos, tendo nascido e crescido no país, apesar de a família ter origens na Macedónia do Norte, de etnia albanesa. Segundo o ministro do Interior, trata-se de uma pessoa que deu todas as indicações de estar integrado na sociedade austríaca, mas na realidade estava a acontecer o contrário. A imprensa austríaca diz que o suspeito tinha registo criminal.

Ao que tudo indica, pelo menos um segundo suspeito fugiu. No ataque foram usadas armas automáticas.

A polícia, que fez buscas na casa onde vivia o atacante abatido pelas forças de segurança, não descarta a possibilidade de haver mais pessoas envolvidas no crime e em pelo menos 18 rusgas foram já detidas mais 14 pessoas, uma das quais na cidade de Linz, a cerca de 200 km de Viena.

As autoridades apelaram, entretanto, à população para permanecer em casa e o controlo de fronteiras foi reforçado.

Uma das vítimas mortais é uma das mulheres hospitalizadas que não resistiu à gravidade dos ferimentos.

O ataque de ontem começou por volta das 18h30 locais (menos uma hora em Lisboa), nos arredores da principal sinagoga de Viena, a poucas horas de a população austríaca voltar a um confinamento total por causa da pandemia de Covid-19.

O templo judaico fica situado na zona de Seitenstettengasse, no centro da cidade. Os atacantes espalharam-se então pelas ruas circundantes e às 21h30 havia relato de seis pontos de conflito, todos nas imediações da sinagoga.

“Estou feliz que os nossos polícias já tenham eliminado um dos autores. Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios”, disse o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, que classificou os atos de “ ataques terroristas nojentos ”.

A Alemanha também reforçou o controlo na fronteira após os ataques em Viena. Esses controlos são considerados uma “prioridade tática” pela polícia federal alemã.

O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.

[Notícia atualizada às 14h10]

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