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Caso das mortes no Meco. "Hoje foi, nos últimos seis anos, o dia menos triste na vida dos pais"

14 jan, 2020 - 13:35 • Liliana Monteiro

Advogado das familias explica que indemnização de 13 mil euros é dirigida a todos os pais, apesar de a queixa ter sido feita apenas no nome de um deles.

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O advogado das familias das vítimas da tragédia da Praia do Meco, Vitor Parente Ribeiro, diz que os pais dos jovens receberam a notícia da decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem "com muita emoção".

"Receberam esta notícia com muita emoção porque alguém lhes disse que tinham razão na luta que travaram e que o Estado português sempre lhes negou", diz Parente Ribeiro, em declarações à Renascença.

"A investigação começou tarde, não houve preservação da prova, as diligências foram tardias, defraudou-se o inquérito e isso levou a que houvesse um despacho de arquivamento sem hipótese de julgamento. A prova foi toda contaminada por má investigação do Ministerio Público", sublinha o advogado.

"Desde a primeira hora que os pais se opunham à forma como decorreu a investigação. Não percebiam porque motivo o Ministério Público adoptou a postura de contradição perante os pais e de considerar que tudo tinha sido um acidente, quando se percebeu que o que ocorreu naquela praia foi uma praxe", sublinha Parente Ribeiro.

"Hoje foi, nos ultimos seis anos, o dia menos triste na vida dos pais", aponta.

O Estado Português foi condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem a pagar 13 mil euros às famílias dos seis jovens que perderam a vida na praia do Meco a 15 de dezembro de 2013.

Vítor Parente Ribeiro lamenta que nada mais possa ser feito em matéria criminal: "Não poderemos fazer mais nada, a prova está prejudicada tal como constatou o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem."

No plano da responsabilidade civil, as famílias aguardam o início do julgamento do processo em que pedem responsabilidades à Universidade Lusofona e ao "Dux".

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