30 set, 2020 - 19:07 • Redação
Está marcada para quinta-feira uma greve dos trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que reivindicam um aumento salarial mínimo de 35 euros.
Em comunicado, emitido esta quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) pede valorização da carreira dos profissionais da “linha da frente” no combate à pandemia da Covid-19.
"Não podemos ficar por 'aumentos simbólicos'. É preciso valorizar significativamente quem, de uma forma exemplar, cumpre o seu papel, mesmo vendo os seus direitos colectivos serem atropelados todos os dias", lê-se o comunicado.
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O CESP aponta que os trabalhadores das IPSS "não esquecem que foram obrigados pelo Governo e instituições a trabalhar 10, 12, 24 horas seguidas, 7 ou 14 dias consecutivos", nem que "foram impedidos de gozar férias, de rescindir contratos de trabalho e até de prestar assistência aos seus filhos", e que "até ao momento nenhum recebeu o trabalho suplementar devido".
"Os trabalhadores não esquecem que, sendo professores e educadores, auxiliares de acção educativa e trabalhadores dos serviços gerais, todos foram poucos para as necessidades e todos responderam positivamente ao apelo feito para que nenhum cuidado faltasse a nenhum utente", pode ler-se.
O CESP conclui que é necessário valorizar as carreiras de quem "num momento particularmente difícil não abandona utentes e trabalha no limite das suas forças e capacidades, dando o melhor de si para cuidar dos que mais necessitam".
A greve dos trabalhadores das IPSS, marcada para quinta-feira, contempla uma concentração, às 11h30, junto à sede da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, no Porto.