18 ago, 2020 - 16:32 • Redação com agências
Um membro do Hezbollah foi condenado esta terça-feira pelo assassinato do antigo primeiro-ministro do Líbano Rafik al-Hariri. Ainda não é conhecida a pena que será aplicada a Salim Ayyash.
O tribunal especial para o Líbano, apoiado pela ONU, não encontrou provas do envolvimento do grupo Hezbollah nem de elementos do Governo libanês.
A decisão acontece numa altura em que o país está na ressaca das violentas explosões no porto de Beirute, que provocaram cerca de 200 mortos, seis mil feridos e 300 mil desalojados.
Julgado à revelia, Salim Ayyash, um membro do Hezbollah, uma milícia xiita apoiada pelo Irão, foi considerado culpado de conspiração para cometer um ataque terrorista e da morte de Hariri e de outras 21 pessoas.
Os juízes concluíram que Salim Ayyash tinha em seu poder um dos seis telemóveis utilizados no ataque terrorista de 14 de fevereiro de 2005, em Beirute.
Três outros arguidos foram ilibados pelo tribunal especial para o Líbano, sediado em Haia, na Holanda.
Um quinto suspeito foi retirado do processo. Tratava-se de Mustafa Badreddine, um comandante do Hezbollah que foi assassinado na Síria, em 2016.